quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Currículo de jornalista


Cargo: Jornalista faz tudo
Exigências
Agilidade para trabalhar por três jornalistas com o salário de um;
Importante não ter vida social;
Experiência em apuração jornalistica pelo Google;
Facilidade de relacionamento com assessor de imprensa chato;
Suportar a dureza diária sem reclamar o tempo todo é diferencial;
Imprescindivel ter estômago resistente às porcarias da padoca;

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mashup, que mania é essa?



Você sabe o que ou já ouvir falar em mashup? Na verdade essa é uma mania que cria uma nova música com base em diversas canções e ritmos, podendo conter elementos vocais. Em geral, as pessoas que criam um mashup - expressão sem tradução em português - fazem uma homenagem a um estilo ou cantor.

Na verdade é uma forma de provar que a arte se recria, se renova constantemente.

Em especial, curti esse mashup por fazer referência ao POP e ao rei Michael Jackson.

Espero que curtam!

Silas Macedo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Voo POP

O que você faria ao embarcar em um avião e fosse surpreendido por comissárias de bordo dando as orientações básicas sobre como utilizar o cinto e das situações de emergência ao som de "Just Dance" da Lady Gaga?

Pois é, inusitado e criativo.

Esse vídeo mostra essa situação. Achei curioso e admito que me divertiria com a cena.

Silas Macedo

PET ROAD


O Pet Road traz a imagem de uma cadelinha regateira que estava deitada sobre folhas secas e também no lixo restante da eleições. Durante a pauta, que questioanava a opinião do povo sobre a sujeira nas ruas e avenidas após o ato cívico mais relevante do País (votoção), nos deparamos com ela. Bastou um carinho, pra ela ficar assim...
Foto: Wendy Vatanabe
Silas Macedo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Indignação


"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanirmar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."

Rui Barbosa
O trecho acima reflete os sentimentos dos criadores do Palanque diante de manipuladores, oportunistas maquiavélicos e todos que injustamente alçam voo rumo ao sucesso construído sem escrúpulo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

7 de Setembro


Em mais uma cobertura de eventos, o 7 de setembro - Dia da independência - foi diferente de todos os outros. Em especial, me fez questionar o que realmente é dever cívico, qual a importância de comemorar essa data (seria apenas por mais um feriado para descansar), os símbolos, desfiles e toda a pataquada costumeira.
Mas de onde surgiram essas perguntas? Elas brotaram em minha mente ao ver diversas crianças em um dia frio e com chuva intensa se apresentando com instrumentos e performances diante de políticos e autoridades militares que observavam com uma "pseudo-atenção".
Estranho ver os olhos brilhantes das crianças que demonstravam orgulho em participar de tal celebração, tremendo de frio, dividindo a atenção entre os pais e os poderosos de plantão. Ao fim da apresentação, é curioso ouvir nos bastidores - em um palco coberto, quente e cheio de guloseimas - um representante político falar "eu não deixo minha filha participar disso".
O que dizer? Sem dúvida, eu também não permitiria que um filho meu participasse desse evento, principalmente, por questionar o verdadeiro intuito dessa data e ainda se um desfile dessa categoria pode tornar um ser humano melhor. Arrisco em dizer, que pelo menos criar humanos servis o 7 de setembro, como é visto hoje, será capaz.
Enfim...
Um desabafo!
Silas Macedo

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PET ROAD

O momento de carinho dessas duas capivaras foi clicado pela amiga, fotógrafa e também amante dos animais Wendy Vatanabe, durante uma pauta sobre a fauna guarulhense, em frente ao Hotel Caesar Park, na Avenida Hélio Smidt, próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Atualmente, elas vivem em uma área de proteção da Infraero.
Achei bacana!
Silas Macedo

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O povo e seus governantes

Como digo... "Estava aqui (engasgado), pronto falei"! As campanhas eleitorias se tornaram verdadeiros shows de horror, ou na verdade se trata de uma grande brincadeira e ninguém nos contou nada? Porque ao assistir a TV apenas vejos palhaços, frutas, alfaiates (todo respeito aos verdadeiros clows e alfaiates) e pessoas que não tem o menor conhecimento sobre política e administração pública.
Com jargões do tipo, "pior que está não fica", esses personagens não tem noção da responsabilidade de buscar o melhor para um município, Estado ou ainda a própria nação. Quem disse que a pataquada não pode ficar pior? Basta votar em alguns desses candidatos ou ainda outros que sigam essa linha.
Outra situação que tem chamado a atenção é a enorme quantidade de vinhetas e musiquinhas infernais tentando nos hipnotizar e convencer a votar em X candidato. Digo hipnotizar porque as malditas músicas não saem da cabeça.
O fato é que se mais uma vez, esses candidatos chegarem ao poder, definitivamente será confirmada a máxima que afirma que os homens têm os governantes que merecem. Resta a nós votar consciente e ver o resultado de mais uma eleição que, sem dúvida, impactará em nossas vidas.

Para não perder a piada, vamos ao menos ser criativos! Como esse candidato a deputado estadual que fez uma homenagem bem humorada ao rei do pop - Michael Jackson. Tirando as risadas e, mesmo não conhecendo o plano de campanha desse cara, realmente espero que ele não chegue ao Poder Público fazendo o moonwalker. Enfim... Divirta-se com o vídeo!


Silas Macedo

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Vocação, amor e desafio

Esse vídeo é um comercial da Jhonnie Walker com o ator Harvey Keitel. E qual o motivo para eu postar esse vídeo no Palanque? Na verdade, ele retrata as minhas duas paixões, direta e indiretamente respectivamente. A primeira, o teatro, e a segunda, o jornalismo. As duas andando por uma linha muito tênue.

Na campanha o ator fala sobre a ânsia de enfrentar os palcos, estar sobre olhares, enfrentar os próprios medos e sobreviver ao leões (isso quando não temos que matá-los) caminhar e dar passos confiando que não há o abismo sobre os nossos pés, para ao fim vencer e receber aplausos. Uma vivência típica do teatro, algo que vicia.

Já para o jornalismo é quase a mesma coisa, estar sobre olhares, matar leões, sentir o peso de uma notícia, uma palavra ao ar que não tem mais volta e perceber todas as suas reverberações.

Por este motivo, creio que este vídeo representa as minhas paixões e inseguranças. Algo que tenho vivido intensamente no meu cotidiano.

Será que essa sensação um dia passa? Há quem diga que não...

Silas Macedo

domingo, 22 de agosto de 2010

Ser ou não ser eis a questão?


Ser ou não ser eis a questão? A celebre frase do personagem Hamlet, da peça homônima de Willian Shakespeare, sem dúvida é genial, pelo simples fato de exprimir a dúvida permanente do ser humano. Será que estou no caminho certo? Caso ou compro uma bicicleta? Vinho seco ou tinto? E no meu caso específicamente, como jovem jornalista, admito que ultimamente tenho me feito essa pergunta com certa frequência.

Ser ou não ser jornalista eis a questão? Não que eu tenha dúvida que eu ame o meu ofício, mas na verdade trata-se da estranha sensação - a tal dúvida - se estou no caminho certo. Há dias que eu termino de redigir um texto ou uma reportagem e, ao final sinto que realmente nasci pra isso, que fui claro, objetivo e escrevi bem.

Mas, há outros dias que me sinto perdido, um verdadeiro palerma, sem talento, me perguntando o que eu estou fazendo. Sem falar na maldita luta contra o tempo, ao chamado DEAD LINE - linha da morte, ou seja, a hora do fechamento. É nesse momento que, por vezes, fico em pânico, embora admito que a adrenalina é viciante. O tempo corre... e eu corro mais ainda pra fechar meu texto. Até o momento do alívio, ler e entregar o meu texto para a minha redatora. Ufá!

E pra quem pensa que esse é o pior momento. Nada chega aos pés da dificuldade de escrever a primeira palavra, o início de um texto. Há dias que a coisa é fácil, o universo conspira, a inspiração aparece e o texto flui. Simplesmente perfeito! Mas e nos dias que a tela do word fica branca assim como a minha cabeça? Pânico! Tic tac, tic tac, tic tac... O tempo passa rápido, ao contrário da música da Madonna - 4 Minutes - "time goes by so slowly", aumentando meu desespero.

O fato é que de alguma maneira, eu tenho conseguido terminar meus textos, me comunicar, noticiar fatos e protestar, mesmo que de maneira indireta. Diante disso, só lembro de uma frase que ouvi do meu antigo professor de teatro, Edgar de Castro, "a dúvida é o princípio da sabedoria". Analisando minha situação, com esta ótica, surge o alívio, porque no dia em que eu não tiver mais a dúvida e não mais sentir adrenalina, estarei infinitamente soberbo e morto.

Pois é, dizem que isso é amor.

Antagônico; prazer e dor, angústia e satisfação, adrenalina e serotonina, certeza e dúvida.

Silas Macedo

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sinais

Um amigo me presenteou com este curta metragem essa semana. Comecei ver o filme de forma incrédula, ao final de um dia corrido e prazeiroso na Redação do jornal onde trabalho.

Aos poucos, o silêncio proposto no vídeo me tocou. Conseguindo resgatar em mim, um sentimento bom.

Talvez porque, assim como toda a humaninda, eu já me senti só - como a personagem da película - ou, simplesmente por acreditar nas doces coincidências e no amor despretensioso.

Espero que prestigiem!

Deixem-se tocar pelos sinais do silêncio. Afinal, muitas vezes as palavras são desnecessárias.

Silas Macedo

domingo, 18 de julho de 2010

Arriscar é preciso...


Muitas coisas têm acontecido ultimamente. Posso até arriscar e dizer que meus sonhos estão se tornando realidade, Graças a Deus. Momentos de aprendizado são fundamentais na vida dos seres humanos e tenho passado por eles com frequência.

Ao sair da agência de comunicação, permiti que diversas oportunidades me sondassem e, um mês após deixar a Thatto fui parar na redação do jornal impresso Guarulhos Hoje. Foi um mês de experiências diferenciadas, com direito a questionar minha profissão.

No entanto, fui lançada onde me projetei há um tempo. Agora faço parte do Diário de Guarulhos, pronta para aprender cada vez mais e mais, ao lado de uma equipe consistente e disposta.

Resta-me apenas absorver as informações e direcioná-las de forma positiva. Tenho que fazer valer as indicações das pessoas que me deram um voto de confiança e acreditaram que eu possa ser uma profissional competente.

Esse é o início de minha trajetória, pois não importa o quão longa seja a jornada, o importante é dar o primeiro passo...
Keyla Santos

terça-feira, 13 de julho de 2010

PET ROAD

Essa cadelinha simpática estava sentada em frente a casa do dono - um vendedor de gelinhos. Diante desse olhar quem resiste aos gelinhos. Segundo o dono, ela é obediente e fica sentada educadamente durante todo o dia, vendo a vida passar. Clicamos essa imagem após uma pauta sobre a greve da Furp em Guarulhos.
Silas Macedo

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pra dançar!

Segue indicação do Palanque de música boa pra dançar! A música "Spaceship" do DJ italiano Benni Benassi com as participações da cantora norte americana de R&B Kelis e o rapper Apl.de.ap do Black Eyes Pies.

Bom fervo!

Silas Macedo e Keyla Santos

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Glamour Urbano

O Palanque tem sido utilizado, entre outras coisas, como mural de fotos de artistas e fotógrafos de alma sensível e olhar atendo. Aproveitando a deixa, a imagem postada é uma foto registrada por mim (aprendiz de fotógrafo) em meio a Parada Gay 2010, na descida na Consolação.
O mestre da fotografia Henri Cartier Bresson diz que devemos estar atentos para o instante decisivo - momento único para registro de uma imagem ou fato - e outros mestres orientam que devemos seguir a intuição e a sensibilidade para ver o que olhos desatentos deixam passar despercebidos.
Creio que essa foto é um resumo dessas lições, pois ao buscar boas fotos na Parada Gay, me deparei ao longe com um figura que saltava ao olhos, prontamente fui ao seu encontro e, por meio do olhar pedi permissão para eternizar aquele momento. Recebi a resposta por meio de um discreto olhar, envolto de glamour e lisonjeio, permitindo o registro.
Ao chegar em casa, olhei a imagem com atenção e pude perceber que as cores, o cenário e o próprio personagem, de uma forma conspiradora, se integraram criando arte e glamour pintados com cores fortes e surreais em meio a uma festa carnavalesca que brinda a vida, a liberdade e a diferença em meio ao caos.
Silas Macedo

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em busca da esperança


Essa imagem foi clicada pela amiga e fotografa Wendy Vatanabe, na favela Hatsuta, em Guarulhos. A comunidade carente sobrevive por meio da reciclagem. A cena captada demonstra a cor da esperança em contraste com as cores desbotadas pela pobreza. Um sinal de esperança em meio a uma realidade triste e desumana.
Silas Macedo

domingo, 6 de junho de 2010

É o tempo da travessia...

A vida nos surpreende a cada dia, sim, isso é fato! Toda decisão, traz à tona uma ação e, consequentemente, uma reação.
Há um mês, estou experimentando uma fase nova da minha vida. Tomei uma decisão que mudou completamente o rumo de minha simples existência. Confesso que não foi fácil, foram diversas noites mal-dormidas, estresse, mau-humor e afins.
Certo dia, acordei decidida a não viver mais da forma que estava vivendo, pois trabalhava em uma empresa que, há um tempo atrás, fazia parte de meus sonhos, porém, descobri que tudo havia passado e o que eu tinha de absorver, já havia sido absorvido. Eis que o desespero passou a perseguir-me!
Logo, surgiu o bom e velho dilema: ser ou não ser, eis a questão. Ou seja, ser uma jornalista de uma empresa de comunicação e continuar sem perspectiva de ascensão e, a pior parte, sem “grana”, ou, arriscar, “chutar o balde”, sair batendo a porta sem olhar para trás e tentar outra forma de realização profissional, pessoal e financeira?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?
Após uma crise com meu “chefe”, a situação agravou-se e cada dia que se arrastava naquela empresa, parecia um martírio, uma verdadeira via crucis. Já não existia mais vontade em mim, restava apenas um leve desespero e uma vontade enorme de sair gritando: “liberdade de expressão, deixa eu falar fdp” (perdoe-me a expressão chula, mas ela ilustra com maior veracidade a intensidade dos fatos).
Enfim, após muito pensar, relevar, colocar na balança, entre outros termos que possam definir a angústia de uma decisão complexa, resolvi desligar-me da empresa! Ufaaaa! Quando pude finalmente acreditar que essa era a melhor opção, senti-me imensamente aliviada e feliz, com a sensação de que tinha feito a escolha certa e fiz!
Agora estou em uma fase diferente, repleta de possibilidades e que está me proporcionando muito aprendizado. Sou uma jornalista freelancer, escrevo para as mesmas revistas que escrevia quando estava na agência, com a vantagem de que tenho liberdade para procurar outras opções de renda.
Estou feliz, traçando meu futuro, escolhendo, oferecendo a mim a oportunidade de arriscar. Errar ou acertar são apenas consequências e não adianta fugir, pois mais cedo ou mais tarde, a escolha tem que ser feita para dar continuidade ao processo da travessia...
Keyla Santos

sábado, 5 de junho de 2010

A luta contra Morpheus


Esses dias, passei por uma situação inusitada, algo que tenho intitulado como aventuras de um jovem repórter (meio clichê, mas é verdade).

Entre a correria de uma pauta e outra, admito que, por vezes, descubro o assunto e o direcionamento da pauta no local da reportagem. Isso acontecia muito há uns três meses, quando entrei no jornal e, pelo que conversei com outros jornalistas novos, essa situação é bem comum.

Eu estava em uma pauta básica de Cidades (editoria), quando meu chefe de reportagem me pediu para cobrir um evento sobre meio ambiente, um palestrante super gabaritado. Pensei comigo; vai ser ótimo, gosto do tema e poderei escrever uma matéria bem legal.

Chegando lá, o palestrante já estava em uma sala com mais três ou quatro jornalistas, falando sobre o tema. Entrei, me sentindo muito "jornalista inesperiente", mas ok e comecei a prestar atenção na palestra. O problema é ele falava quase sussurando e eu estava um pouco cansado. Pronto! Foi ai que o Morpheus - deus do sono - chegou e começou a travar uma forte luta contra mim. (que dramático!)

Na real, eu tentava prestar atenção no assunto, mas o sono era muito forte. Tentava ouvir, respirar fundo, me movimentar a até anotar. Nada funcionava! Eu acho um tremendo desrespeito dormir numa palestra, mas não conseguia me controlar. E outros jornalistas que me olhavam ao perceber o sono, que vergonha!

A Wendy Vatanave - fotógrafa e amiga - estava comigo e presenciou a luta contra Morpheus. Ao sairmos da pauta, o desespero ao ver minhas anotações e perceber que não tinha quase nada para me basear na hora de fechar o texto. Que pânico!

Eu e Wendy, após muitas risadas, voltamos a Redação. Pra fechar o texto, recorri a anotações bizarras, a memória e as releases. Enfim, deu tudo certo, a matéria ficou bacana.

Resumo da ópera: Foi um dia de grande aprendizado, risadas e um caderno com anotações quase psicografadas e indecifravéis.


Silas Macedo

Oração


Ó grande espírito cuja voz eu distinguo nos ventos e cujo alento dá vida ao mundo todo.

Ouve-me!

Sou pequeno e sou fraco, necessito de sua força e sabedoria. Deixe-me andar em beleza e faze com que meus olhos contemplem sempre o vermelho e o púrpura do pôr-do-sol.

Faze com que minhas mãos respeitem as coisas que criaste e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir sua voz.

Faça-me sábio para que eu possa compreender as coisas que ensinaste ao meu povo, que escondeste em cada folha e em cada pedra.

Busco força não para ser maior que meu irmão, mas que eu possa lutar contra o meu maior inimigo, eu mesmo.

Faça-me sempre pronto para chegar a ti com as mãos limpas e o olhar firma afim de quando a vida se apagar como se apaga o poente, meu espírito possa chegar a ti sem se envergonhar.
Observação!
Tive contato com essa oração xamânica quanto participei de uma oficina teatral com a Cia Arueiras do Brasil. Além do teatro, posso dizer que essa oração marcou diversas fases da minha vida, entre elas; o desencarne do meu avó. Postei essa oração porque vejo verdade e beleza nessas palavras e acima de tudo porque esta oração, ao meu ver, exprime a necessidade diária dos homens em busca o divino, não no sentido dogmático, mas de religare - voltar a si, a origem, a Deus.
Silas Macedo


terça-feira, 25 de maio de 2010

Estourando a "Pink Bubble"

Como sabem, faz algum tempo que deixei de trabalhar em uma agência de propaganda - onde elaborava textos frios e reflexivos e enfadonhas campanhas, para ingressar no Jornal Diário de Guarulhos.

Diante desse novo passo, eu pensava sobre quais caminhos eu iria seguir. Lembrei do tipo de texto que gosto de escrever, do meu gosto e facilidade em dissertar sobre cultura e moda, mas principalmente de como seria a rotina frenética de uma redação, algo tão comentado na universidade.

Para ser sincero, queria ter escrito este relato na época que estava vivenciando tudo isso, mas devido ao turbilhão que vivia naquele momento, apenas pude escrever agora. Pois bem, me recordo que cheguei a redação e encontrei duas jornalistas "focas" (termo utilizado para jornalistas que iniciam carreira). Uma delas, uma amiga da faculdade e a outra, hoje minha amiga também, mas na época era apenas uma garota que o destino insistia em fazer cruzar meu caminho, pois ela já havia falado comigo por telefone por meio de uma assessoria e ainda trabalhado na mesma assessoria de uma estatal onde eu trabalhei.

Muita informação, friozinho na barriga, apresentações e uma sensação louca que misturava uma alegria incomensurável, uma insegurança que, assim como um fantasma, me assombrava dizendo ao pé do meu ouvido "você não é capaz Uhhh!" e uma ânsia de mergulhar naquele universo.

Após as apresentações, inclusive a editora chefe, a temida Cuca Fromer - pessoa que descobri ser além de uma ótima profissional, um excelente ser humano, eu e as demais focas fomos lançadas ao mar para caçar.

Em qual editoria vou escrever - me perguntava. Foi quando recebi a notícia: Silas, você vai cobrir "Cidades"!

Uau! Que loucura! Será que eu tenho perfil? Será que consigo? (Pensei) Enfim, fui a luta e percebi dia a dia o que é a loucura apaixonante e estressante da redação de um jornal e, principalmente, que os conceitos aprendidos na faculdade são importantes, mas é na prática que aprendemos.

Nesse processo aconteceu algo que chamo de estourar a "Pink Bubble"(bolha cor de rosa). Mas o que é "Pink Bubble"? Essa expressão conheci por meio de um amigo gay que usava o termo para designar pessoas que viviam isoladas em um mundo perfeito, cor de rosa, quase um faz-de-contas longe da realidade, sem problemas ou conflitos. Vale lembrar que a definição "Pink Bubble" era usada por esse meu amigo para definir ele próprio.

E quanto a mim, posso afirmar que a minha "Pink Bubble" estourou quando eu comecei a cobrir a editoria Cidades e por consequência me deparar com uma realidade distante da minha. Uma realidade onde a pobreza, o abandono, a violência e o descaso se fazem presentes constantemente.

Quando ingressei no jornal era época da temporada de chuvas, responsável pelas enchentes, desmoronamentos, desabrigados, mortes, perdas e lágrimas que acompanhei. Fui testemunha de diversas histórias, tantas que talvez não pudesse descreve-lás aqui neste blog, mas que sem dúvida estão estampadas na minha memória e no meu peito.

Diante de tantas passagens, não houve apenas horror, mas sim aprendizado constante e a lição recebida por pessoas que tem o dom de sobreviver, continuar lutando e ainda sorrir para a vida, mesmo em condições subumanas.

Em resumo, desde o dia que abandonei uma "realidade alienante", tenho agradecido a Deus constantemente pelas inúmeras bençãos que recebo diariamente. Coisas simples que fazem toda diferença! Dispor de saúde, de uma casa, alimento, conforto básico, ter família e amigos, etc. Coisas que muitas pessoas nunca tiveram e que nós não devemos em momento algum desperdiçar.

Creio que devemos caminhar sobre uma linha tênue, aproveitando o bom da vida - dons e dádivas dados por Deus - sem esquecer e estender as mãos àqueles que por um motivo desconhecido por nós, não teve a mesma oportunidade.

Silas Macedo

domingo, 2 de maio de 2010

Efeito Lady Gaga

A Lady Gaga foi apontada nessa última semana pela revista Time como uma das artistas mais influentes de 2010. A lista traz 25 personalidades ligadas a música, cinema, TV, moda e artes do mundo. Cada uma das personalidades, foram apresentadas com um texto de homenagem, Gaga foi homenageada por ninguém menos que Cindy Lauper, famosa por diversos hits dos ano 80, como "Girls Just Wanna Have Fun".

"A maioria das coisas que tocam nas rádios não são muito inteligentes, mas Gaga apresenta suas ideias de maneira sofisticada. Ela tem uma sensibilidade pop incrível" - Cindy Lauper.
O fato é que a Lady Gaga é uma artista de talento, polêmica e pop, diria, puro POP. Admito, que a primeira vez que vi um vídeo da cantora, não curti de cara e pensei: Que diabos é isso? Quem é essa loca? Resumo da ópera, semanas depois, estava eu dançando muito ao som de 'Just Dance' e 'Poker Face'.

Mas, e depois da fama meteórica, alguns críticos de música se perguntavam; sorte ou talento? Será que a artista bizarra conseguiria sobreviver a máquina destruidora do show business? Como responta, em meio a tantas polêmicas, Lady Gaga lança o seu segundo álbum 'The Fame Monster'. E ao futuro, vamos aguardar...
Enquanto isso...
Se espalha pelo mundo o que chamo de EFEITO LADY GAGA!
Mas que seria esse efeito? Na verdade, vejo com o surgimento da Gaga uma retomada POP, criativa, retrô, autêntica e Gay. Pronto, essa mistura deu início a um efeito dómino. A cada dia, mais e mais pessoas começaram a demonstrar seus talentos pop's e criativos com a influência da diva.
Quer um exemplo, o grupo de rapazes "On The Rocks".


sábado, 1 de maio de 2010

PET ROAD!

É pessoal, esses dois gatinhos são as celebridades do Pet Road dessa semana. Eles foram clicados no bairro Taboão, em Guarulhos, pela amiga e fotógrafa Wendy Vataname, enquanto cobriamos uma pauta sobre um deslizamento de terra no bairro. Eles não tem uma carinha curiosa?

Mais um clique que demonstra nosso carinho e respeito pelos animais.

Silas Macedo

terça-feira, 27 de abril de 2010

7º Arte: Domésticas - O Filme



Hoje, ao entrar na net, deparei-me com a seguinte informação: 27 de Abril - Dia da Doméstica. Diante de tal notícia, refleti sobre essas personagens batalhadoras, carismáticas e, por vezes, anônimas e esquecidas.

Para homenagear essas personagens, sejam mulheres ou homens (Isso mesmo! Existem empregados domésticos), indico um filme que assisti há tempos, que aborda o tema de forma humana e descontraída, com histórias permeadas que conflitos e questões sociais.

A película é de 2001, com direção de Nando Olival e Fernando Meirelles, "Domésticas - O Filme" retrata as histórias de cinco mulheres que sonham para vencer a realidade, por vezes, cruel e sem cores. O elenco vem recheado com boas interpretações, entre elas, as realizadas pelas atrizes Graziela Moretto e Cláudia Missura.

Bom filme!

Silas Macedo

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Este é o meu caminho!

É tão estranho, não sei ao certo explicar o que está acontecendo, pois ao mesmo tempo em que é bom, é ruim. Sim, é contraditório. Trata-se de uma fase que parece eterna, cheia de variantes, altos e baixos. É como se estivesse em meio a um tornado, e tudo em volta estivesse querendo atingir-me e ignorar-me ao mesmo tempo, é como se eu existisse nesse plano, mas pertencesse a outro mundo, distante, que transcende toda e qualquer lógica.
Apenas sei que estou redescobrindo minha outra versão, é uma mistura de menina, mulher, loba, um ser frágil e ao mesmo tempo capaz de enfrentar todas as intempéries do universo. Sei que minha natureza é a de uma mulher intensa, porém, tenho notado que ultrapassei os limites da intensidade, ultimamente, tenho sido visceral.
Meus sentidos estão mais aguçados. Estou mais feliz, mas ainda choro, sofro e tenho raiva, não faço questão de esconder meus sentimentos, posso até ser sutil, mas cuidado! Vá com calma, pois posso ser mais selvagem do que se possa imaginar.
Estou tentando não cometer os mesmos erros, buscando o equilíbrio no palco da paixão (essa que tem sido, verdadeiramente, avassaladora). Passei a dar valor ao que é mesmo importante.
Renovei minhas esperanças e tenho fé em um futuro repleto de realizações, conquistas e muito sucesso. Estou cuidando melhor de mim, da minha saúde emocional e física.
Acima de tudo quero ser feliz! Estou me permitindo! Entre erros e acertos, aos trancos e barrancos, estou em busca de algo que não sei exatamente o que é, mas sei que encontrarei, eu sinto, está muito perto e é muito intenso.
Nesse percurso, já chorei de alegria, de tristeza, de solidão, por amor, por amar e não ser amada, pela dor da traição, falta de lealdade, por descobrir que na maioria das vezes, construí meu castelo na areia e permiti que atitudes incoerentes ofuscassem o brilho dos meus sonhos.
Já sorri, embriaguei-me, gritei, silenciei quando foi necessário. Passei a dar oportunidades para que outras pessoas pudessem me proporcionar momentos felizes. Coloquei o passado de lado, ciente de que deve ser deixado pra trás. Mas tudo tem seu tempo...
E dessa forma, vou trilhando meu caminho, que até pode não ser o mais perfeito, mas é o meu caminho, conquistado a ferro e fogo, com meu sangue e minhas lágrimas. Posso, orgulhosamente, erguer minha cabeça, olhar o horizonte e dizer: essas são minhas experiências e ninguém pode tirá-las de mim.
São marcas eternas em minha alma e que revelam quem eu sou, é minha história, não é um conto de fadas, mas é uma história possível, que está apenas no início, mas que promete muitas emoções...

Keyla Santos

“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi” (Roberto Carlos)

Perder-se também é caminho!


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector - Escritora, mulher a frente do seu tempo, exemplo de vida para Keyla Santos

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Maria Ninguém


O sol talvez tivesse menos aridez e a poeira trazia consigo a brisa que aliviava a secura daquela terra, porém sequer amenizava as rachaduras dos pés sobre aqueles chinelos de pneu.

A caminhada foi curta até as ruínas. Tratava-se de uma escola onde há anos uma professora ensinava-lhes o que eles referiam como “b a ba”, alguns orgulhavam–se por terem aprendido a escrever o próprio nome e curiosamente ainda chamavam aquele monte de entulhos de escola.

Aquilo que materialmente já havia se transformado em nada, trazia tijolos e telhas inteiras, naquela extrema pobreza poderia se transformar em uma moradia. Foi por esse motivo que aquela mulher chamada Maria, esposa de João Ninguém e mãe de três filhos sempre descalços com camisas que mal lhes cobriam as barrigas desproporcionais aos corpos, debruçou-se para pegar um pouco daquele nada.

Sobre si desabou uma das paredes, ouviram-se gritos e sem pensar outras pessoas tiraram o que havia sobre seu corpo, ela ficou sobre o chão, ainda sentia vida e esperou por mais de uma hora para ser transportada para qualquer socorro.

Num povoado vizinho havia a primeira esperança, um posto de saúde sem recursos, sem transportes...

Encontraram na porta duas mulheres de jaleco, uma delas parecia-se com uma garota. Uma ficou imóvel, a outra sem ter sequer um objeto de socorro, pegou-a sobre os braços e recorreu ao único que restava “Deus”. Naquele momento pediu a ele que sua existência fosse possível.

Maria Ninguém já não a olhava nos olhos, mas as mãos sobre o seu tórax lhe mostraram resquícios de vida, os olhos se abriram e os olhares daquelas duas mulheres se cruzaram. Houve uma última respiração tranqüila e após uma morrer sobre o colo da outra houve uma silenciosa e singela oração, a moça de jaleco implorou aos céus para que Deus existisse e finalmente transformasse Maria em Alguém.

Restou a entrega em um necrotério frio, o choro puro de saudades de João Ninguém e o olhar sem compreensão dos três meninos.

Dalila Pincer

Conto escrito por uma grande amiga, de espírito sensível e aberto, sempre disposto a dar e receber o melhor da humanidade.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conselho: John Ruskin


"A maior recompensa para o trabalho não é o que se recebe por ele, mas o que alguém se torna através dele."
John Ruskin - Poeta, escritor e crítico de arte
* Londres 8/2/1819 - 20/01/1900 +

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PET ROAD!


Hoje o Palanque de Ideias traz uma novidade, a postagem semanal "Pet Road", com fotos da repórter fotográfica e amiga Wendy Vatanabe.
Em nossas andanças atrás de boas reportagens, nós nos deparamos com alguns animais simpáticos e carentes (com aquela cara de "me leva pra casa" ou "me faz um carinho"). Foi quando, a sensível e atenta Wendy, sugeriu clicarmos os Pets. Esse amiguinho aí, foi clicado no bairro Jardim Fortaleza, em Guarulhos.
Creio que essa é uma forma de demonstrar o nosso respeito e carinho pelos animais.
Espero que gostem!
Silas Macedo

terça-feira, 6 de abril de 2010

O caso da Chapeuzinho Vermelho

O Jornalista é mesmo um ser criativo...

Imagine a estória da Chapeuzinho Vermelho contada de maneiras diferentes, adequando a notícia a cada público e cada veículo de comunicação.

Veja as diferentes maneiras de abordar o mesmo fato.

Silas Macedo

Jornal Nacional
(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'
(Fátima Bernardes): '...mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.'

Programa da Hebe
'...que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

Cidade Alerta
(Datena): '...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!

Superpop
(Luciana Gimenez): 'Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!'

Globo Repórter
(Chamada do programa - Sérgio Chapelin): 'Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.'

Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.

Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

Revista Nova
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama!

Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): ' Veja o que só o lobo viu'.

Revista Vip
As 100 mais sexies - desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!

Revista G Magazine
(Ensaio com o lenhador) 'O lenhador mostra o machado'.

Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor pra miutas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa.'

Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?

Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.

Folha de São Paulo
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.

O Globo
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.

O Dia
Lenhador desempregado tem dia de herói

Extra
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!

Meia hora
Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!


O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.
Wagner Montes
Agora vejam só vocês meu amigo telespectador, minha dona de casa que nessa hora está cuidando do lar, arrumando as crianças para a escola..... vejam só esse covarde de codinome Lobo...... que se acha todo malandrão.... PRA CIMA DELE MINHA POLIÇADA !!!! Alô minha rapaziada da Civil, alô comandante do CORE, aquele abraço, alô meu pessoal do 16º, 22º.... É PRA ARREGASSAR MESMO!!! Bota a cara dele aí na tela produção.... Bota na tela aí.... ESCRAAAAAAAAACHA!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Madonna abandona Jesus Luz

Exclusivo - Em primeirão mão, o Palanque de Ideias divulga o maior furo de todos os tempos, antes mesmo do site TMZ. A cantora Madonna abandonou ontem o "DJ" e modelo, Jesus Luz. A musa afirma que o motivo para o fim do relacionamento foi a paixão arrebatadora por um um outro brasileiro, o jornalista e galã, Silas Macedo. Que por sinal, é um dos fundadores do Palanque.

"Quando vi aquele cara descolado, descabelado, charmoso e inteligente, pensei; é com ele que desejo passar o resto de minha vida", dispara a cantora.

Silas responde: "Sou assim, sou proveito, não sou fama"!

Pois bem, para quem acreditou (embora, eu adoraria que essa notícia fosse verdade), é 1º de Abril - Dia da MENTIRA!

Silas Macedo

Curiosidade:

Qual a origem do Dia da Mentira?

A origem da brincadeira travessa é incerta. Acredita-se que tenha surgido na França nos idos do século 16, quando o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. Os festejos seguiam ao longo da semana até o dia 1o de abril.


Em 1564, o rei francês Carlos 9o adotou o calendário gregoriano e determinou que, a partir de então, o Ano Novo seria celebrado em 1o de janeiro. Alguns franceses, resistentes à mudança, continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano teria início em 1o de abril. Essas pessoas passaram a ser ridicularizadas e os gozadores começaram a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas peraltices ficaram conhecidas como plaisanteries.


No Brasil, a brincadeira teve início nas Minas Gerais, precisamente em 1º de abril de 1848, quando circulou um jornal chamado “A Mentira”, que estampou a manchete da morte do imperador brasileiro d. Pedro 2º, desmentida no dia seguinte. O jornal teve vida efêmera e encerrou suas traquinagens no ano seguinte, em 14 de setembro, quando convocou credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.


Hoje, uma fonte traiçoeira para os mais desavisados é a internet, que tem a capacidade de bolar as mentiras mais mirabolantes para pregar peças.


Trecho da reportagem da amiga e jornalista, Tatiana Cavalcanti, publicada na edição de 01/04/2010 no periódico Diário de Guarulhos.

quarta-feira, 31 de março de 2010

O que é justo?

“Estudantes universitários católicos conservadores saíram em defesa do papa Bento 16 na quarta-feira, tachando de "semeadores de desconfiança" os jornalistas que vêm escrevendo sobre o abuso sexual de crianças por padres.”
Grupo conservador católico Opus Dei:

"A esses semeadores da desconfiança (jornalistas), queremos dizer claramente que não aceitamos sua ideologia. Exigimos deles respeito por nossa fé e reconhecimento do direito que temos de viver como cristãos em uma sociedade plural."

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/03/31/estudantes-catolicos-criticam-midia-por-acusacoes-de-pedofilia.jhtm

Venho na condição de jornalista, esclarecer esse absurdo e dizer que esses jovens se negam a enxergar a verdade.

Os jornalistas não são “semeadores de desconfiança”, nossa função enquanto agentes sociais é a de informar, trazendo à tona absurdos como esses, fatos que ficariam caídos no esquecimento dando margem à impunidade, permitindo que novos casos aconteçam e que mais inocentes sejam prejudicados.

Não há desrespeito da fé alheia, muito pelo contrário, é por respeito aos religiosos que esses absurdos têm que ser discutidos. Sabemos que não são todos os padres que são pedófilos, assim como sabemos também, que representantes de outras religiões podem cometer esse ato insano.

O fato veio à tona e explodiu justamente no Vaticano, na igreja católica, poderia ser em um templo budista, em uma igreja evangélica ou em um centro espírita. A religião não é a questão, e sim, o ato em si, a pedofilia.

A mídia comete muitos erros, porém, o serviço que presta à sociedade é indiscutível. Cada um tem o direito de seguir a religião que desejar, mas é inadmissível que uma autoridade religiosa como o papa Bento 16, “lave as mãos” para esse escândalo, pois, isso sim seria um desrespeito para com os religiosos e a sociedade de forma geral.

O que os “semeadores de desconfiança” querem é apenas que a justiça seja feita, para que mais casos como esse não voltem a acontecer.

Il n'y a pas des arguments contre les faits.
Keyla Santos

sexta-feira, 26 de março de 2010

Viva à impunidade!


A questão é: a impunidade existe e persiste! Até quando seremos obrigados a ver tudo o que acontece com a política brasileira e mundial, o abuso de autoridade dos policiais, a falta de preparo da justiça e a organização dos criminosos? É frustrante saber que o mundo está na mão de mercenários, hipócritas e capitalistas aproveitadores.

No entanto, a sociedade tem que conviver e acostumar-se com essas situações, alguns protestam, outros tiram as roupas e uns não comem, na tentativa de mudar uma realidade que mais parece um pesadelo.

E para nós, meros mortais, resta apenas a esperança de que tudo isso possa mudar um dia, que um milagre aconteça e possamos viver em um mundo justo, de igualdade e amor. Logo, para aliviar a dor, a frustração e a raiva, é necessário que a fé do ser humano seja ativada à potência máxima, é importante canalizar todos esses sentimentos de uma forma positiva, procurar uma referência que não seja tão perversa quanto a figura de políticos, marginais, policiais, entre outros.

Qual seria essa figura? Quem representa a manifestação da fé da maioria da população mundial? Onde está esse ícone? Por acaso seria o Papa? No Vaticano? Sim! Eis a resposta! Uma figura que deveria, sim DEVERIA, inspirar confiança e esperança para todos, não passa de mais um, mais um que faz vistas grossas às situações que deveriam ser discutidas e punidas, como por exemplo, a pedofilia.

Os escândalos de abuso sexual envolvendo a igreja Católica estão ficando a cada dia mais explícitos e vergonhosos, e o pior é que o representante máximo dessa instituição compactuou com episódios anteriores de pedofilia e para amenizar a situação, apenas transferiu os pedófilos de uma igreja para outra, ou seja, não resolveu o problema, não puniu, apenas disseminou o crime, deixando as vítimas jogadas à própria sorte, como se tivessem cometido um pecado, o de confiar em quem não é digno de confiança, em traidores, esses são os verdadeiros “Judas” da atualidade, eles traem, mentem e abusam de crianças... Bando de vermes!

E o Bento, vai continuar pedindo desculpas, administrando a crise de sua “empresa”, e enquanto isso, os culpados saem impunes e com um pouco de sorte, continuarão a atuar em seus cargos... Cargos esses que são de extrema importância, pois, segundo acreditam, trata-se da ligação direta com o Divino. Mas a verdade nós sabemos, não passam de lobos na pele de cordeiros. São esses que, infelizmente, representam a fé de uma população necessitada de esperança... É patético!

Keyla Santos

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fragmentos de um desabafo

Nossa rotina é meio louca! De repente, surge um trabalho relâmpago que tem que ser desenvolvido de uma hora para outra. O cliente tem pressa e não podemos perder tempo. Então começa a correria, as matérias têm que ser desenvolvidas quase que de forma mediúnica.

Começa o processo de pesquisa, tentativas de entrevistas de última hora, muitas vezes frustradas, entre outros pequenos detalhes. A adrenalina vai a mil e o cérebro passa a trabalhar em produção total, até que toda a tarefa seja concebida.

Depois de quase todos os cabelos arrancados, de todas as unhas roídas e das famigeradas marcas de guerra (entenda como olheiras), o material está pronto e preparado para a publicação. Passado todo esse processo, as matérias estão finalizadas, revisadas e liberadas para diagramação. No entanto, o cliente vende mais anúncios do que o esperado e algumas matérias “caem”, sim, a matéria “cai”. Isso significa que caiu fora da publicação, a revista precisa de mais espaço e é óbvio que o conteúdo editorial terá que ser sacrificado.

Afinal, para quê serve o conteúdo editorial? Para quê servem as informações, a não ser para preencher o vazio da falta de anúncios? Na verdade isso não importa. O fundamental é alimentar a fome insaciável do capitalismo selvagem e do consumismo exacerbado.

É essencial alimentar o monstro da futilidade, para manter todos em seus devidos lugares, ou seja, a classe menos favorecida e os que não possuem os estereótipos necessários para fazer parte desse universo de egoístas e superficiais devem permanecer à margem da sociedade.

Será que é certo marginalizar, negros, pessoas acima do peso, pobres, deficientes, entre outros, em nome da manutenção de uma indústria de frascos bonitos, porém vazios? Será que é isso que o ser humano, enquanto animal racional representa? O que é realmente importante para esse bando de hipócritas que fazem parte da sociedade mundial?

Enfim... trata-se apenas de um grito, um desabafo, que talvez não tenha resposta. É apenas uma utopia revelada, nada mais...



Keyla Santos

domingo, 14 de março de 2010

7º Arte: Dublê de Anjo


Eu curto cinema, me considero um "amante-aprendiz" da sétima arte e, por isso, sempre que posso vou as grandes salas e as, quase extintas, vídeo locadoras, garimpar bons filmes.

E foi nessas garimpagens, que encontrei nas prateleiras de uma locadora, o filme "Dublê de Anjo". Admito que a capa com imagens surreais me chamou a atenção - não que isso seja atestado de um bom filme, pelo contrário. Enfim...

Li a sinopse e decidi vou levar. Ao chegar em casa e assistir a película, me deparei com um filme belíssimo, singelo e surreal.

O filme foi lançado direto em DVD em março de 2009, dirigido Tarsem Singh, diretor do premiado “A Cela”, e trouxe no elenco; Lee Pace, Catinca Untaru, Justine Waddell, Daniel Caltagirone, com boas interpretações.

Curiosidade: Dublê de Anjo teve locações no Brasil.

Diante de um filme tão belo, resolvi indicá-lo aqui no Palanque. Afinal, o que é bom tem que ser divulgado e compartilhado.

Bom filme!

Silas Macedo

sexta-feira, 12 de março de 2010

Conselho: James Dean

"Sonhe como se fosse viver para sempre. Viva como se fosse morrer hoje."

James Dean

Ser jornalista é...

Minha experiência como jornalista não é tão factual, ou seja, não cubro os fatos instantâneos, trabalho em uma agência de comunicação, na qual são desenvolvidos tablóides, encartes promocionais, sites, peças publicitárias e revistas para os segmentos odontológico, hospitalar e varejo farmacêutico. Desenvolvo o conteúdo editorial das revistas, minhas fontes são médicos, dentistas e especialistas que trabalham diretamente na área da saúde.

Até o momento, não tive a oportunidade de lidar com experiências “de rua”, fatalidades ou um contato direto com a população em geral. A minha prática jornalística é mais “leve”, porém, não menos importante.

Acredito que com o trabalho que desenvolvo, consigo atender aos anseios dos leitores que, muitas vezes, não esperam por determinada informação, mas que de certa forma agrega positivamente ao cotidiano, e aos que entram em contato e sugerem um tema de seu interesse.

E assim, como em cada trabalho, enfrento os obstáculos que surgem na tentativa de conseguir uma entrevista com um especialista conceituado, com as exigências dos clientes, luto contra a falta de tempo e os dead lines cada vez mais apertados.

Enfim, a redação de uma revista é um ambiente tranquilo para trabalhar, porém, nada supera o fato de ter o contato com o factual, com o que está acontecendo “aqui e agora”. Acredito que essa fase pela qual estou passando é apenas um degrau que tenho que calçar para fornecer um excelente alicerce para o que está por vir.

Ser jornalista é algo muito gratificante, independente do veículo, pois somos agentes sociais, temos o dever de transmitir informações para a população, somos prestadores de serviço e essa é uma função fundamental na atualidade.
Viva o jornalismo consciente e responsável!!!

Keyla Santos

quinta-feira, 11 de março de 2010

A morte...

É como essa imagem, forte e emocional, registrada pelos olhos atentos e sensíveis do fotógrafo, Diego Calvo, que começo meu relato sobre mais uma experiência na área jornalística e, sobretudo, uma vivência humana.

Eu sou repórter de rua, trabalho em um jornal impresso, há mais de um mês. Nesse período, tenho visitado lugares, conhecido pessoas e me transportado para mundos desconhecidos, ou melhor, até agora ignorados.

Em especial, nesta última segunda-feira, estava cobrindo uma pauta sobre problemas com contas de luz e abastecimento de energia elétrica, quando fomos - eu e o Diego - acionados a cobrir um atropelamento, na Avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, conhecida popularmente em Guarulhos como Anel Viário.

Quando chegamos, encontramos no local a amiga e jornalista, Juliana Carneiro e, a fotógrafa, Wendy Vatanabe, que também faziam a cobertura do caso. Diante da situação, procedimento padrão - verificar testemunhas, coletar informações com a polícia e profissionais do SAMU e obter dados da vítima.

A vítima era um senhor de 72 anos, aposentado, pai e avô, que trabalhava com a coleta de material reciclado nas ruas da cidade. Ele foi atropelado por um carro em alta velocidade, guiado por um motorista inconsequente que não prestou socorro.

É necessário ressaltar, que está foi a primeira vez que cobri esse tipo de situação. Admito que lidar com a morte, brutal e inesperada, mesmo de um estranho, é algo difícil.

Observei a cena e meditei sobre o fato, enquanto o fotógrafo registrava as imagens. Ao longe, vi duas jovens chorando copiosamente. Minutos depois, chega um táxi, e dele desembarcam a esposa e a filha vítima. Sem dúvida, a primeira vez que acompanho o desespero e a incapacidade humana diante da morte.

A mulher - registrada na foto acima - ficou desesperada ao reconhecer o marido deitado na rua, coberto por um tipo de papel alumínio.

Quanto a mim, me emocionei, não pude conter as lágrimas. Fui tomado por uma vontade imensa de acalentar e apaziguar a dor daquelas pessoas. Mas, percebi minha falta de força naquele momento. Cheguei a conclusão que naquele momento, poderia apenas, rezar sem silêncio por eles.

Minha amiga, uma jornalista sensível e mais experiente, percebeu a situação e pediu para que eu fosse embora. Fiquei impressionado com a cena. No caminho, ainda podia ouvir os ecos do grito de alguém que chamada desesperadamente pelo nome do companheiro.

Refletindo, percebi que tenho que criar certo "distanciamento" da situação, porque, caso contrário, isso pode me abater todas às vezes. Em contrapartida, sei que jamais poderei deixar apagar em meu peito a chama da humanidade, que me impede de cair na indiferença e falar que era apenas mais um.

Para fechar o aprendizado, no decorrer da semana, a matéria realizada pela Juliana Carneiro teve grande repercussão. A polícia local engajou-se de encontrar o culpado pelo crime e, por meio da matéria desta grande jornalista, o caso foi solucionado.

Enfim... Nada justifica a morte daquele homem. Mas, sem dúvida, ver o caso solucionado por meio do trabalho jornalístico é extremamente inspirador e gratificante.

Silas Macedo