quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Estreia em Guarulhos o espetáculo “A Question of Honor”


O espetáculo que foi visto pela primeira vez no país, emocionou o público e proporcionou o contato com um estilo musical diferente

O Centro Municipal de Educação Adamastor foi palco da primeira apresentação no Brasil, de um grande musical na voz de um contratenor (mais aguda entre as masculinas, voz de cristal, pura, limpa). A estreia de “A Question of Honor”, de Dannilu e Orquestra, esteve em cartaz nos dias 25 e 26 de agosto.

Foi um grande show, produzido por Thiago de Santana, com direito a um cenário de Nelson Vieira, que por meio de pesquisas reproduziu o clima da Europa do século XVIII com elementos góticos digno de um grande épico, confeccionado com material reciclável e muita criatividade. O clima pitoresco envolvia toda a composição e, dessa forma, prendeu a atenção do público.

Os 31 músicos do Conservatório Municipal de Guarulhos, sob regência do maestro Marcelo Mendonça, integraram o cenário, realizaram uma performance excelente e contribuíram com o arrebatamento das almas presentes naquela sala.

Para unir todos esses elementos, a figura fundamental do ator e cantor lírico, excelente intérprete, Dannilu extasiou a todos. Trata-se de um artista completo, com uma presença de palco fascinante e, muito carismático. Sua voz de contratenor causou arrepios, era possível sentir todas as emoções transmitidas por meio das músicas.

A energia e talento de Dannilu conquistaram a todos, foi ovacionado várias vezes. O magnífico desempenho do contratenor agradou ao público que era formado por pessoas de todas as idades, inclusive crianças e adolescentes. Dannilu desceu do palco e interagiu com o público, que ia à loucura com todo seu entusiasmo.

O artista que estava excursionando pela Europa, estreou o espetáculo “A Question of Honor” em Guarulhos e atraiu mais de mil pessoas nos seus dois dias de apresentação.

Dannilu tem influências musicais de Sarah Brightman, Kate Bush, Edson Cordeiro, Dalva de Oliveira, entre outros. No repertório foi possível prestigiar clássicos como “O Fantasma da Ópera”, “Ave Maria”, “Frozen” e muitas outras composições.

O musical teve 120 minutos de duração, dividido em três atos. No primeiro ato, Dannilu representa o lado “branco do elfo” com uma apresentação mais serena, já no segundo, surge o lado “negro” com uma sonoridade mais carregada, porém, muito bem selecionada. E para finalizar, o terceiro ato é a junção das duas vertentes, simplesmente grandioso.

Estas foram as únicas apresentações do espetáculo, ainda não há previsão para próximas.

Keyla Santos

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pérolas da cultura brasileira...

Pare o mundo, eu quero descer! Hoje estava trabalhando na produção de textos na agência onde trabalho, quando surgiu a pauta sobre o novo hit musical de Dado Dolabella, o “cantor talentoso” que venceu o reality show da Rede Record, “A Fazenda”. Em princípio, o assunto não me chamou atenção, mas, percebi que as pessoas comentavam empolgadas sobre o novo sucesso de Dolabella, a música Rolex. Muitos comentários sobre a letra, os arranjos, a voz do rapaz, a divulgação da música no programa “A Fazenda”.

Fiquei intrigado e super curioso para ouvir a música. Pensei: Como as coisas mudam, de onde menos esperamos surgem grandes talentos... Na sequência, ouvi um trecho da música no computador do meu colega de trabalho e, definitivamente, não gostei do que ouvi. Talvez fosse uma grande piada. Mas, me surpreendi, alguns defendiam com veemência o “talentoso cantor”, e outros discutiam como nós brasileiros estamos acostumados a gostar e consumir porcarias produzidas para entorpecer a massa.

Concordo que não podemos ir para a balada e ouvir Chico Buarque, Maria Betânia e Cia, e, muito menos, música erudita. Mas, sinceramente, há limites pra tudo... Fiquei tão intrigado com a situação que busquei ler e tentar compreender o conteúdo da composição. Conteúdo? (deixa pra lá) A música cantada por Dado foi composta por Eduardo Lucas – alguém que realmente não consegui obter muita informação.

Na verdade, após ler a música, me questionei se estaríamos diante de um gênio ou de alguém que vive entre a Cannabis Sativa e o Lexotan. E mais, entender, gostar e apreciar a tal música, seria uma virtude para poucos, ou mais uma vez, algo sem conteúdo consumido pela turba que vive de ópio? Enfim...

Leiam a letra e tirem suas conclusões.

Silas Macedo

Rolex

Por cima da ponte como pássaros

Cruzando florestas, rios e vales sombrios

Com poderes mágicos eu vou transformar

Você e eu nesse lugar podemos ser o que quiser

Com suas lágrimas pinto uma árvore

De chocolate grande até o céu para subir

Do último andar faço uma casa pra mim

E vejo as nuvens chegarem da janela pra conversar

Papai quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Sexagenários dançam neste lugar

E sons imaginários tocam neste lugar

Danço um galope, um outro toque, ou rock

E a condução, é ter ação, ou não... na imaginação

A lua nós conta histórias pra dormir

E os coroinhas no altar não têm o que pedir

Os bichos de par em par ensaiam quadrilha

Até o saci e uma velhinha brincam juntos de amarelinha

Porque ninguém lá tem uma idade

As pessoas só nascem, todos nascem e só nascem...

Duendes e fadas organizam um baile

Não existe cansaço e dormem só pelo prazer de sonhar

Papai quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A arte de escutar

Histórias que revelam a beleza de ouvir e ser ouvido

Em A arte de escutar, Carla Faour resgata a beleza do que perdemos e do que deixamos de dividir por estarmos sempre envolvidos na nossa corrida diária e pragmática, nos deixando surdos (e cegos) a tudo o que for alheio. Transformamos conversas em monólogos e perdemos grandes oportunidades de compartilhar experiências emocionantes e de aprender e entender melhor o que é ser humano.

”Escutar é mais que ouvir. É mais do que estar em frente a alguém. Escuta-se por todas as células do corpo. Escuta-se com as mãos, com os olhos, com a respiração, escuta-se, inclusive, com os ouvidos. Uma postura escuta, um gesto escuta, a boca escuta. Há que se deixar apagar e se concentrar no outro. Há também que se eliminar quaisquer ruídos de interferência – como pensamentos que voam, telefones que tocam, vaidades que afloram, vontade de ir ao banheiro. Muitos dizem que a fala distingue o ser humano dos outros animais. Discordo. Saber escutar é o que nos dá humanidade”– Carla Faour.

A autora


A carioca Carla Faour é atriz, autora e diretora teatral. Estudou jornalismo e teatro, já tendo atuado nos palcos, no cinema e na televisão. Originalmente uma peça teatral que foi sucesso de crítica e público — indicada aos prêmios Shell e APTR , A arte de escutar é seu primeiro livro.

Boa leitura!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Câmara aprova implementação do bilhete único na cidade


Aprovação do projeto de lei que regulamenta o bilhete único na cidade garante também a permanência de benefícios dos cidadãos

O projeto de lei que trata dos transportes públicos e da implantação do bilhete único em Guarulhos foi votado e aprovado com unanimidade pela Câmara Municipal no dia 18 de agosto. O prefeito Sebastião Almeida (PT) deverá sancionar o projeto nos próximos dias. A implantação do sistema na cidade está prevista para março de 2010.

Desde a segunda quinzena de maio, o projeto tramitava pela Câmara. Foi levado à votação em julho e rejeitado pelos vereadores, pois constavam itens que anulavam direitos conquistados pela população, entre eles, as gratuidades legais nos termos da legislação específica vigente.

Após ter sido rejeitado, o texto foi melhor elaborado, garantindo dessa forma, os direitos dos cidadãos. Segundo o vereador Gustavo Costa (PMDB), conhecido como Guti, “o projeto de Lei 230 (PL 230) revogava 35 direitos da população, entre eles o da gestante não precisar passar na catraca, a isenção do idoso acima de 65 anos, os direitos do deficiente, revogava os escapamentos ecológicos, ou seja, o projeto anterior criava o bilhete único e tirava da população benefícios extremamente importantes.”

Quando sancionada a lei, a Secretária Municipal de Transportes e Trânsito definirá regras para a licitação do transporte público. De acordo com o texto, há previsão da ampliação do número de usuários de ônibus, garantindo dessa forma, que um grande número de pessoas deixe de circular a pé por falta de recursos financeiros.

“Outro ponto importante é o da gestão compartilhada, pois no primeiro projeto só a prefeitura poderia gerenciar e fiscalizar as passagens, agora, com o PL 300, a prefeitura e as empresas irão fiscalizar e gerenciar umas as outras”, diz Guti.

A aprovação desse projeto garante um direito pelo qual a população guarulhense estava lutando, porém, é necessário manter os pés no chão e continuar a busca por melhorias significativas para a cidade, que refletem diretamente na vida dos cidadãos.

Keyla Santos

Para rir...

O que a banana suicida falou?

Resposta: Macacos me mordam!

Fonte: Livro das Piadas Bobas

Também conhecido como livro sagrado da Diarréia Mental!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Excessos na prevenção quanto a gripe suína

Nos últimos meses temos acompanhado o crescente número de matérias em sites, jornais impressos e programas de televisão abordando a gripe transmitida pelo vírus H1N1 – a popular “gripe suína”. Em um primeiro momento, um susto, uma nova e ameaçadora doença surge no México para colocar em risco a raça humana. Algo tão terrível quanto a pandemia de 1918 – gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha, que apareceu em duas ondas diferentes durante o período.

Na primeira fase, em fevereiro de 1918, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal. Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro; caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul.

Após o aparecimento da “gripe suína”, o mundo apreensivo, observava a propagação da doença por diversos países. Logo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) interveio informando uma pandemia da nova gripe e que medidas de segurança deveriam ser adotadas para proteger a saúde da população mundial. Aos poucos, fomos acompanhando a propagação da gripe pelo mundo, e ainda, inúmeras mortes.

No Brasil, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou procedimentos para aeroportos e portos, hospitais e medidas preventivas à população. Mas foi inevitável, o país do carnaval também foi pego pela tal gripe do porco. É fato, a população deve ficar atenta e seguir as precauções. Mas até que ponto o jornalismo e a mídia têm sido eficazes na empreita de contribuir com a saúde pública?

Afinal, o papel do chamado quarto poder é informar, ser imparcial e contribuir (como nesse caso) para o bem-estar e a integridade da população. E jamais dar destaque excessivo a uma notícia, para desfocar e abafar assuntos mais relevantes, como os contínuos escândalos na política brasileira, ou ainda, fabricar notícias na falta delas. Percebo ainda que uma doença nova pode ser bem lucrativa, afinal medicamentos, máscaras e álcool em gel antisséptico para as mãos são necessários e com giro rápido para um população em pânico.

Cheguei a essa pergunta, após observar pessoas andando pelas ruas com máscaras, além de uma situação especial que vivenciei nesta última semana. Fui a uma clínica ortopédica verificar uma dor no joelho, enfim... Quando cheguei ao local, caminhei ao atendente para confirmar minha consulta, ao me ver o rapaz levou um susto e logo cobriu o rosto com uma máscara.

Na hora, achei a situação constrangedora, pensei: Será que estou com cara de doente? E pior... Com cara de gripe suína! Passada a situação, comecei a observar a quantidade de pessoas que estão andando com máscaras pelas ruas. Além de outros exemplos de pessoas que têm desenvolvido um comportamento compulsivo e hipocondríaco em relação à doença. Creio que realmente a prevenção é o melhor caminho para evitar doenças, mas, o bom censo se faz necessário para que não ocorra excessos e situações como as que vivenciei.

Pra fechar, devo lembrar que a gripe do H1N1 merece atenção, mesmo o tratamento sendo tão próximo a gripe comum. Caso haja dúvidas sobre a possibilidade de ter adquirido a doença, procure aconselhamento médico.

E lembre-se: Discernimento e bom censo não têm contra indicação!

Silas Macedo

terça-feira, 4 de agosto de 2009

São Paulo respira melhor com a Lei Antifumo

Começa a vigorar nesta semana, em todo o Estado de São Paulo, a nova Lei Antifumo. A partir do dia 7 de agosto, fica proibido fumar em ambientes fechados de uso coletivo. A legislação alinha São Paulo com a tendência internacional de combate aos males causados pelo tabagismo, principalmente em relação ao fumo passivo. Cidades como Nova York, Paris e Buenos Aires já adotaram com sucesso medidas similares. O tabagismo é responsável pela morte de aproximadamente cinco milhões de pessoas por ano em todo o mundo, o que equivale a uma morte a cada 6,6 segundos.

Inúmeros estudos realizados comprovaram os males do cigarro não apenas para quem fuma, mas também para aqueles que são expostos a fumaça do cigarro. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumo passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis no mundo. O tabagismo passivo é uma combinação complexa de mais de 4.700 substâncias químicas na forma de partículas e gases.

Com a lei, não será permitido o fumo no interior de bares, boates, restaurantes, escolas, museus, áreas comuns de condomínios e hotéis, casas de shows, açougues, padarias, farmácias e drogarias, supermercados, shoppings, repartições públicas, hospitais e táxis. O fumo será liberado em áreas ao ar livre; estádios de futebol, vias públicas, nas tabacarias, cultos religiosos, caso isso faça parte do ritual; e quartos de hotéis e pousadas – desde que ocupados por hóspedes.

Vale lembrar que a responsabilidade de garantir os ambientes livres de tabaco será dos proprietários dos estabelecimentos. Os fumantes não serão alvo da fiscalização. Assim, os donos deverão retirar os cinzeiros do local, orientar seus clientes e fixar os cartazes da campanha disponíveis para download no site do
www.sp.gov.br, (Lei Antifumo). Os valores das multas vão de R$ 792,50 a R$ 1.585.

Mais informações: www.leiantifumo.sp.gov.br

Silas Macedo

Menos Virgem Maria, mais Joana D’arc


O amor é o mais puro e belo sentimento, reflete o respeito e a consideração que um indivíduo tem por outro. O amor que uma mãe sente por um filho é um misto de proteção e carinho, entre amigos é possível observar a cumplicidade, e entre um casal, afeto, companheirismo e paixão são fundamentais.

Todas essas características parecem simples e são, porém, existem pessoas que ultrapassam algumas barreiras. Especificamente, mulheres que permitem a transformação do sentimento amor, em algo doentio, capaz de destruir um relacionamento e afastar todas as possibilidades de felicidade.

De forma distinta, o relacionamento de um casal pode chegar ao fim quando o amor se torna destrutivo, sôfrego e leva ao declínio total da alma e da dignidade humana. A dependência, a idealização e frustração são partes importantes nesse processo. Sentir necessidade de uma pessoa é preocupante, pois não há como prever a reação alheia diante de uma situação assim.

Desejar desesperadamente o mínimo de atenção de uma pessoa, idolatrá-la de forma insana e acreditar que não existe alguém no mundo capaz de proporcionar momentos felizes, sendo que esse indivíduo só traz tristeza e dor: essas são características de um caso crítico de falta de amor. Não, essa não é uma crítica e, sim, um sentimento de solidariedade.

O fato de projetar aspirações íntimas, desejos e realizações em outro ser humano é um ato perigoso, pois o resultado é único: frustração. O amor não pede isso, pede apenas a oportunidade de mostrar as diversas faces da felicidade.

Posso dizer que nesse “instante já” tenho plena consciência de tudo isso, mas, sou uma mulher que não consegue mais ter um relacionamento afetivo com que amo. O ciúme me dominou, a autoestima chegou a zero e a sensação de ter sido traída, trocada por outra, me impossibilitou de enxergar o quanto me entreguei, doei o meu melhor a quem não sabe dar valor. Sou boa demais, sou capaz de ser feliz sim, pois a minha felicidade não depende de ninguém, além de mim.

Sim, sou culpada. Amei mais a ele do que a mim, violei minha integridade ao pensar que ele poderia me fazer feliz, sendo que essa responsabilidade é inteiramente minha. É importante reconhecer o erro, sei que esperei algo além do que ele poderia me oferecer. Confesso que desconhecia o verdadeiro homem que estava por trás do “homem perfeito” que idealizei. Cheguei ao ápice da loucura quando não conseguia me imaginar sem ele.

A sensação de dor, desespero e inutilidade me invadiu por inteiro, e sabe o que é pior? Ele não se importa e finge que nada está acontecendo. Está sendo difícil, há em mim ainda um sentimento muito forte, mas sei que já não há mais possibilidade de manter um relacionamento. É triste admitir o fim... Porém, necessário.

Agora é tempo de recomeçar, levantar do chão, sacudir a poeira e prosseguir, não cometer o mesmo erro e me proporcionar a chance de demonstrar o quanto sou forte. Lembrando sempre que sou mais importante do que todas as coisas no mundo, pois eu dependo apenas de mim para ser feliz.


Keyla Santos

“Para cada dor há uma saída”