terça-feira, 21 de junho de 2011

Pet Road


Mais um cliquê da amiga e fotógrafa Wendy Vatanabe pelos bairros de Guarulhos. Dois cachorrinhos atentos deixados em cima de um telhado. Resta saber se eles foram deixados lá por falta de espaço ou para serem futuros cães de guarda do telhado?

Silas Macedo

domingo, 19 de junho de 2011

Simples assim... Um sorriso!


Um dia desses, aparentemente como outro qualquer, estava eu indo de ônibus para o trabalho. Um dia nublado, cinza e frio, remetendo as pessoas ao silêncio, a preguiça e ao mau humor típico de quem não queria sair da cama.

Aparentemente, um dia comum, chato e sem perspectiva. Mas, quando menos imagino, entra no coletivo, um idoso, com calça bege, camisa xadrez azul, meias pretas e all star azul, e um sorriso contagiante.

Ao entrar, ele de forma enfática e empolgante, de um sonoro “bom dia” ao motoristas e aos demais passageiros que estavam na parte da frente do ônibus. Em princípio, alguns responderam de forma comedida. Não satisfeito, diante do silêncio que pairava dentro do coletivo, ele começou a contar anedotas e casos de vida, puxando um e outro para rir.

Aos poucos, o riso, assim como um vírus poderoso, foi se espalhando. A manhã que inicialmente era cinza e sem graça, começou a se transformar em um novo dia. Foram poucos os imunes ao vírus.

Em meio as piadas, alguém pergunta ao velho sorridente, qual o motivo de tanta alegria. Ele parou, pensou, e sem titubear respondeu: “Milha filha, com o passar dos anos, percebi que a vida é rara demais para ser desperdiçada com cara feia, mau humor e rancor. A vida ter de ser simples. E vamos sorrir!”. Fechando a lição com uma sonora gargalhada.

Eu, que queria apenas ler o meu livro, vencer o trânsito e chegar a tempo ao trabalho, vi naquele homem uma lição simples e preciosa para a vida. Um sorriso, uma gentileza ou qualquer gesto de respeito e carinho com o próximo faz a diferença em nossas vidas com a do próximo também. Diante disso, hoje almejo sempre dar um sorriso a todos, mesmo os desconhecidos.

Em resumo, a vida deve ser simples assim... como um sorriso.

Silas Macedo

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Escolhas...



Escolher, segundo o dicionário de português Michaelis, significa “dar preferência a, entre coisas da mesma espécie...Optar”. Esta simples palavra carrega um peso imensurável. Sabemos que a vida é feita de escolhas e que para cada uma há uma renúncia, seja na área profissional, sentimental, familiar, isso acontece o tempo todo.

A vida é segmentada em diversas fases e, normalmente, é na adolescência que algumas decisões são tomadas, muitas vezes por impulso, e podem deixar marcas eternas. Mas essas escolhas, certas ou erradas, fazem parte do amadurecimento, é nesse momento que o indivíduo passa a ter consciência de que suas decisões podem vir a definir o futuro.

Posso dizer que tive uma infância tranquila, mas desde muito cedo eu já tinha noção prévia do “certo e errado” (se é que existe certo e errado) e fazia minhas escolhas a partir dessa concepção. Minha mãe costuma relatar que não teve muito trabalho comigo enquanto criança, pois quando fazia alguma travessura por impulso, eu reconhecia o erro e me punha de castigo. Olha o entendimento aí!

E assim cresci ciente de que para toda ação há uma reação e que temos quer ser maduros o suficiente para arcar com as consequências de uma decisão tomada. Em alguns casos não é nada fácil, porém, tudo é possível.

Já errei muitas vezes, tomei várias decisões equivocadas, por impulso, por capricho, por já não suportar mais uma situação, por princípio. Posso afirmar que o resultado nem sempre foi confortável ou satisfatório, mas tudo que aconteceu, bom ou mau, foi resultado de minhas escolhas e, por mais irreversível que seja, posso dizer com orgulho que não me arrependo de nada.

A minha melhor escolha feita até hoje tem nome: Luara. A partir do momento que decidi que ela nasceria independente das adversidades existentes, minha vida mudou. Sou mãe solteira, minha filha não tem contato com o “pai”, não é uma situação fácil. No entanto, desde que fiquei sabendo que ela estava se desenvolvendo em meu ventre, consegui forças para enfrentar o que estaria por vir.

Muitas pessoas viraram as costas, falaram mal, proibiram que suas filhas andassem comigo, enfim, fui marginalizada, mas não desisti da minha filha, não desisti da vida dela. Trabalhei, contei com o apoio de verdadeiros amigos que não se importaram com o fato de minha filha não ter pai e hoje posso afirmar que somos vencedoras. E melhor ainda, posso dizer que tenho a consciência tranquila, pois não cometi homicídio, já que fui mulher para manter um relacionamento com um homem, também seria mulher para assumir a consequência desse ato.

Não me intimidei diante da covardia dele! Optei pela vida dela que hoje proporciona a mim e à minha família muita felicidade. Assim é a vida, escolhas, decisões, consequências...

Keyla Santos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Guarulhenses se aventuram nos coletivos




A situação dos transportes públicos em todo o País pode não ser considerada uma das melhores, mas vou abordar um caso específico que afeta diretamente a mim e aos munícipes guarulhenses. A intenção não é apontar culpados, e sim, buscar uma solução. A chegada do sistema Bilhete Único em Guarulhos pode ser apontada como um benefício às pessoas que precisam se deslocar dentro da cidade, pois permite a utilização de uma única passagem em diversos ônibus municipais no prazo de duas horas. Ponto positivo.

Em contrapartida, junto com o Bilhete Único veio uma proposta diferente para a cidade, a implantação de terminais urbanos em alguns bairros que serviriam como ponto de integração. Ou seja, os micro-ônibus transportam os moradores de bairros mais afastados até o Terminal Urbano e, de lá, o usuário adentra em um ônibus maior que o leva até a região central e/ou adjacências. Teoricamente bonito, já que reduz a circulação de lotações e ônibus nas principais avenidas, diminuindo assim, o fluxo intenso nos horários de pico.

No entanto, vale lembrar que estou falando de Guarulhos, logo, a ideia que parecia perfeita, na prática, é um verdadeiro desastre. Justifico: os Terminais Urbanos não existem literalmente, ou seja, existem sim locais improvisados, sem o mínimo de infraestrutura, sem banheiro, sem cobertura e, muitas vezes, sem policiamento adequado, levando em consideração a localização e a falta de iluminação pública adequada.

Outro ponto significativo é que, “teoricamente”, quando os micros chegassem aos terminais, os outros ônibus estariam disponíveis para transportar os passageiros ao destino final. Na prática, faltam ônibus e, os poucos que executam o serviço andam lotados.

Para os trabalhadores e estudantes que retornam aos bairros após às 23h, conseguir um meio de transporte se torna um verdadeiro jogo de azar. Já que os responsáveis pelos micro-ônibus não têm responsabilidade, não levam a sério o trabalho e decidem voltar para suas casas a partir das 23h. Resultado: passageiros insatisfeitos nos “terminais” e nos pontos.

Os fatos que citei acima são poucos diante das inúmeras irregularidades existentes nesse novo sistema de transporte municipal. No início, foi uma confusão, pois não foi feito investimento adequado em informativos para explicar aos passageiros sobre as mudanças de itinerário das linhas. Os motoristas não sabiam pra onde iam e os passageiros ficavam rodando pela cidade sem saber exatamente como chegar a casa depois de um dia cansativo de trabalho.

Diante dos fatos, é possível apontar que a opinião dos principais afetados por todas essas alterações não vale nada. Guarulhos pode, perfeitamente, ser comparada a uma Torre de Babel. E quem paga por tudo isso? O contribuinte, que é constantemente desrespeitado, humilhado e ainda, tem que se contentar com obras fantasmas, projetos inviáveis e, aprovar que o dinheiro público seja esbanjado sem planejamento, afinal, pra que economizar se é possível ostentar?

KS