terça-feira, 4 de agosto de 2009

Menos Virgem Maria, mais Joana D’arc


O amor é o mais puro e belo sentimento, reflete o respeito e a consideração que um indivíduo tem por outro. O amor que uma mãe sente por um filho é um misto de proteção e carinho, entre amigos é possível observar a cumplicidade, e entre um casal, afeto, companheirismo e paixão são fundamentais.

Todas essas características parecem simples e são, porém, existem pessoas que ultrapassam algumas barreiras. Especificamente, mulheres que permitem a transformação do sentimento amor, em algo doentio, capaz de destruir um relacionamento e afastar todas as possibilidades de felicidade.

De forma distinta, o relacionamento de um casal pode chegar ao fim quando o amor se torna destrutivo, sôfrego e leva ao declínio total da alma e da dignidade humana. A dependência, a idealização e frustração são partes importantes nesse processo. Sentir necessidade de uma pessoa é preocupante, pois não há como prever a reação alheia diante de uma situação assim.

Desejar desesperadamente o mínimo de atenção de uma pessoa, idolatrá-la de forma insana e acreditar que não existe alguém no mundo capaz de proporcionar momentos felizes, sendo que esse indivíduo só traz tristeza e dor: essas são características de um caso crítico de falta de amor. Não, essa não é uma crítica e, sim, um sentimento de solidariedade.

O fato de projetar aspirações íntimas, desejos e realizações em outro ser humano é um ato perigoso, pois o resultado é único: frustração. O amor não pede isso, pede apenas a oportunidade de mostrar as diversas faces da felicidade.

Posso dizer que nesse “instante já” tenho plena consciência de tudo isso, mas, sou uma mulher que não consegue mais ter um relacionamento afetivo com que amo. O ciúme me dominou, a autoestima chegou a zero e a sensação de ter sido traída, trocada por outra, me impossibilitou de enxergar o quanto me entreguei, doei o meu melhor a quem não sabe dar valor. Sou boa demais, sou capaz de ser feliz sim, pois a minha felicidade não depende de ninguém, além de mim.

Sim, sou culpada. Amei mais a ele do que a mim, violei minha integridade ao pensar que ele poderia me fazer feliz, sendo que essa responsabilidade é inteiramente minha. É importante reconhecer o erro, sei que esperei algo além do que ele poderia me oferecer. Confesso que desconhecia o verdadeiro homem que estava por trás do “homem perfeito” que idealizei. Cheguei ao ápice da loucura quando não conseguia me imaginar sem ele.

A sensação de dor, desespero e inutilidade me invadiu por inteiro, e sabe o que é pior? Ele não se importa e finge que nada está acontecendo. Está sendo difícil, há em mim ainda um sentimento muito forte, mas sei que já não há mais possibilidade de manter um relacionamento. É triste admitir o fim... Porém, necessário.

Agora é tempo de recomeçar, levantar do chão, sacudir a poeira e prosseguir, não cometer o mesmo erro e me proporcionar a chance de demonstrar o quanto sou forte. Lembrando sempre que sou mais importante do que todas as coisas no mundo, pois eu dependo apenas de mim para ser feliz.


Keyla Santos

“Para cada dor há uma saída”

Um comentário:

  1. Oi Keylinhaaa... queria te dizer algo:

    Estava lendo um texto sobre felicidade na net e encontrei isso:

    "A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos." (Thomas Hardy)

    Beijos

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