terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pérolas da cultura brasileira...

Pare o mundo, eu quero descer! Hoje estava trabalhando na produção de textos na agência onde trabalho, quando surgiu a pauta sobre o novo hit musical de Dado Dolabella, o “cantor talentoso” que venceu o reality show da Rede Record, “A Fazenda”. Em princípio, o assunto não me chamou atenção, mas, percebi que as pessoas comentavam empolgadas sobre o novo sucesso de Dolabella, a música Rolex. Muitos comentários sobre a letra, os arranjos, a voz do rapaz, a divulgação da música no programa “A Fazenda”.

Fiquei intrigado e super curioso para ouvir a música. Pensei: Como as coisas mudam, de onde menos esperamos surgem grandes talentos... Na sequência, ouvi um trecho da música no computador do meu colega de trabalho e, definitivamente, não gostei do que ouvi. Talvez fosse uma grande piada. Mas, me surpreendi, alguns defendiam com veemência o “talentoso cantor”, e outros discutiam como nós brasileiros estamos acostumados a gostar e consumir porcarias produzidas para entorpecer a massa.

Concordo que não podemos ir para a balada e ouvir Chico Buarque, Maria Betânia e Cia, e, muito menos, música erudita. Mas, sinceramente, há limites pra tudo... Fiquei tão intrigado com a situação que busquei ler e tentar compreender o conteúdo da composição. Conteúdo? (deixa pra lá) A música cantada por Dado foi composta por Eduardo Lucas – alguém que realmente não consegui obter muita informação.

Na verdade, após ler a música, me questionei se estaríamos diante de um gênio ou de alguém que vive entre a Cannabis Sativa e o Lexotan. E mais, entender, gostar e apreciar a tal música, seria uma virtude para poucos, ou mais uma vez, algo sem conteúdo consumido pela turba que vive de ópio? Enfim...

Leiam a letra e tirem suas conclusões.

Silas Macedo

Rolex

Por cima da ponte como pássaros

Cruzando florestas, rios e vales sombrios

Com poderes mágicos eu vou transformar

Você e eu nesse lugar podemos ser o que quiser

Com suas lágrimas pinto uma árvore

De chocolate grande até o céu para subir

Do último andar faço uma casa pra mim

E vejo as nuvens chegarem da janela pra conversar

Papai quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Sexagenários dançam neste lugar

E sons imaginários tocam neste lugar

Danço um galope, um outro toque, ou rock

E a condução, é ter ação, ou não... na imaginação

A lua nós conta histórias pra dormir

E os coroinhas no altar não têm o que pedir

Os bichos de par em par ensaiam quadrilha

Até o saci e uma velhinha brincam juntos de amarelinha

Porque ninguém lá tem uma idade

As pessoas só nascem, todos nascem e só nascem...

Duendes e fadas organizam um baile

Não existe cansaço e dormem só pelo prazer de sonhar

Papai quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

Quero fazer um sol seu grande Rolex

Pra poder ver o dia mais claro, relax

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