quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Relações inquebrantáveis

Esses dias tenho refletido sobre as relações que estabelecemos na vida, observando a grande quantidade de pessoas que passam por nossas vidas. Basta olha para trás e buscar na memória desde o primeiro dia de existência até o presente momento e, por meio de flash, relembrar rostos, personalidades e vozes que deixaram suas marcas sobre nossas vidas, como cores estampadas em um quadro branco, no início alvo e a cada pincelada (pessoa) uma cor deixada para ajudar na composição da obra.

Tantas pessoas...

Diante desse mar de gente, como identificar aquelas que verdadeiramente serão perpetuadas? Como saber se a nova amizade ou amor resistirá ao tempo e se fortificará? Como saber quais as tintas que realmente serão impressas nesta tela? Quais serão apenas como uma aquarela que se apaga com o tempo?

Resposta simples, o tempo. Sim, ele se encarrega de demonstrar quais serão as relações inquebrantáveis, duradouras, e capazes de não sucumbir diante da sabedoria do deus Cronos – o senhor do tempo.

Foi com o tempo que pude perceber em meio a tantas pessoas que passaram por minha vida, quais vieram para ficar, imprimindo suas cores de forma tão forte. Mas, por que as pessoas que um dia acreditamos que estariam eternamente próximas, um dia somem e passam a ser uma leve lembrança, quase esquecida, tão apagada como um quadro velho de aquarela?

Seriam relações insignificantes? Qual a importância dessas pessoas? Foram relações reais ou superficiais? Na verdade, penso que todas as pessoas que passam por nossas vidas têm uma real importância naquele momento, imprimindo suas cores em maior ou menor escala, e contribuindo para nossa formação, crescimento e evolução, e para o resultado final do quadro da vida.

Aquelas que perdemos o contato foram importantes naquele momento, já as que estão conosco ou até mesmo ficam temporariamente longe e voltam de tempos em tempos, a vida mostra que foram perpetuadas. E por que motivo? Pela afinidade e sintonia capaz de criar laços inquebrantáveis. Algo comprovado por meio da Lei da Sincronicidade, conceito criado pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875 – 1961).

Quem nunca ficou muito tempo longe de um amigo ou pessoa amada e diante de um reencontro a sintonia permanece a mesma, dando a sensação de que encontramos a pessoa ontem.

Ou ainda quando rompemos um relacionamento (amizade ou amoroso) e passados alguns dias ao reencontrar a pessoa, temos a sensação de estar diante de um total desconhecido ou alguém sem nenhuma afinidade ou importância.

Situações como essas demonstram quais as amores e amizades nós levaremos no peito para o resto de nossas vidas, sem nenhuma crueldade ou maniqueísmo, apenas sentimento real.

Diante disso, almejo absorver o melhor de cada pessoa, contribuindo para o meu crescimento pessoal e evolução individual, e também contribuindo com elas, guardando comigo as joias reveladas pela perpetuação das relações.

Silas Macedo

Um comentário:

  1. É isso aí amado. Vamos aprendendo a diferenciar com mais facilidade o que é verdadeiro das nuvens passageiras. É o tal do amadurecimento...às vezes dói, mas é necessário!

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