domingo, 9 de setembro de 2012

Joio, trigo e política


Nos últimos tempos, a política, e as vivências entorno dela, tem me feito aprender e também refletir muito sobre ela, justamente por estar trabalhando como assessor de imprensa de um parlamentar de Guarulhos.

Em meio a corrida para as eleições 2012, faltando menos de 30 dias para o povo ir as urnas eletrônicas, supostamente para escolher seus representantes junto ao Poder Público, o que vejo apenas é grande parte da população descrente sobre qualquer possibilidade de mudança  no cenário político, indecisa entre anular o voto ou não.

E como mudar este quadro, já que temos em Guarulhos 1128 candidatos a vereador, sete para prefeito  - segundo o site DivulgaCand, incluindo os candidatos com nomes como Palhaço Legume, Bigode da Lotação, João Cabeção, Fulana da Tapioca, João do Gás, entre tantas outras bizarrices. Sem esquecer de incluir entre as opções, aqueles que não entendem nada de política e almejam apenas um cargo na Prefeitura, os corruptos que já atuam como parlamentares e desejam continuar no comando, os que tem a chamada moral flexível, e por fim, embaixo de toda essa sujeira, alguns bem intencionados, e no final aqueles que entendem, amam e querem fazer política limpa.

O grande desafio, diria quase utópico, é expurgar todos o lixo que se intitula candidatos a representantes do povo, dando oportunidade para os  realmente dispostos trabalhar. E por falar em povo, será que ele realmente sabe votar? Penso que votar é uma arma, um direito conquistado, que deve ser usado com sabedoria, e não desperdiçado como tem sido feito.

O povo não escolhe seus representantes conscientemente, com poucas exceções. A maioria ainda vende o voto de alguma forma, defendendo apenas os interesses e proveitos individuais. Estamos na reta final das eleições, e a maioria desconhece os prefeituráveis, e quanto aos vereadores, poucos são os que têm boas propostas e são ouvidos  pela população.

Acredito que única forma de resolver esta equação é por meio da educação do povo, ensinando o cidadão desde cedo a conhecer e refletir política. Sem a necessidade de ser um cientista político, mas apenas alguém consciente. E na outra via, criar mecanismos que impeçam que qualquer um se torne um parlamentar. A proposta do Ficha Limpa já é um começo, mas penso que é necessário criar muitos outros. Sugiro um  currículo mínimo para ser candidato, incluindo por exemplo; a realização de trabalhos sociais, engajamento, formação acadêmica e bons projetos.

Sem dúvida, ações que apenas surtirão efeito a longo prazo. Isso, caso essas mudanças venham acontecer. E o que resta então?

Votar consciente! E como em um trabalho de formiguinha, cada um fazendo sua parte, para obter a diferença no resultado final.


Silas Macedo

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