terça-feira, 18 de setembro de 2012

Relacionamentos e seus investidores

Imagine que as relações humanas são como uma grande instituição financeira, um banco ou bolsa de valores, onde existem vários tipos de investidores. Todos eles, com perfis completamente diferentes, mas ligados pelo mesmo objetivo, criar e manter relacionamentos saudáveis e duradouros.

Conheça as regras, os investidores, e faça suas apostas
E, conhecer e entender o perfil de cada investidor, ajuda a identificar qual o nosso perfil e também das pessoas que nos relacionamos, de forma que esse entendimento permita melhorar as relações humanas.

Após refletir, dividi os "investidores" em três tipos ou arquétipos, os conservadores, os apostadores de risco, e os não-investidores.

Os conservadores são aqueles que ao conhecer alguém, seja companheiro de trabalho, candidato a amigo(a) ou namorado(a), demorarão para "investir" no novo. Naturalmente desconfiados, eles examinam lentamente o novo, baseados no medo, sempre prontos para se esquivar de uma traição. Os conservadores ficam a espreita imaginando o que o outro tem em mente, e gradativamente formando a opinião se devem ou não apostar.

Quando decidem apostar, não colocam todas as fichas na mesa, vão apostando uma a uma, até que realmente possam confiar no novo relacionamento. Mas, é necessário ressaltar, que qualquer deslize será suficiente para que ele mude de opinião e recolha todas as fichas apostadas até aquele momento.

Já os apostadores de risco, destemidos, são naturalmente emocionais, se apaixonam pelo novo. Sem medo de perder ou se machucar, lançam o corpo de peito aberto rumo ao precipício, na certeza que serão amparados pelo outro. Apostam tudo! Sem titubear jogam todas as fichas na mesa. Quando recebem uma resposta recíproca, sentem-se vitoriosos, e felizes por poder apostar no melhor da humanidade. Porém, quando decepcionados, seja por mentiras, deslealdade e falta de reciprocidade, vão gradativamente retirando as fichas da jogada.

Não radicais, eles ainda concedem um novo voto de confiança, porém com ressalvas. E neste momento que o jogo é decidido, porque podem novamente apostar no novo, ou gradualmente retirar as fichas da mesa, até que o novo seja considerado nada, e passe a inexistir.

Por fim, os não-investidores, sem muitas explicações, são totalmente descrentes nas relações humanas. Eternamente desconfiados, jamais dão um voto de confiança ao outro, preferem ficam na defensiva, dentro da ostra, inertes, não dispostos a mexer um músculo rumo à evolução. E por que? Quanto se é uma pessoa sorrateira, pronta para trair, puxar o tapete alheio em benefício próprio, certamente também se é uma pessoa desconfiada. Seguindo o raciocínio, o indivíduo que trai o próximo, sempre acha o outro pode traí-lo.

A questão é entender qual o tipo de investidor somos, e principalmente com quais investidores estamos nos relacionando. Creio que essa consciência ajudará no auto-conhecimento, e principalmente evitar frustrações e usufruir de relações plenas e saudáveis.

Silas Macedo

Um comentário:

  1. Há os investidores, há os apostadores e os que não investem nem apostam mas há também os parceiros, os sócios. Esses estão juntos por escolha própria e algumas vezes por motivos diferentes mas são sócios, ambos investidores de si mesmos em um mercado em franca expansão: relacionamentos francos, abertos e alicerçados em um único motivo: estar juntos, perto um do outro.

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