sábado, 25 de agosto de 2012

Casar ou comprar uma bicicleta, eis a questão...

Casar ou comprar uma bicicleta? Esta frase remete a uma dúvida comum do ser humano, quando é necessário decidir em se unir a alguém, construir uma vida juntos, ou simplesmente seguir outro caminho.

A recente notícia do casamento de uma amiga balzaquiana, uma união repentina diria, me fez refletir sobre a decisão e a importância de se unir a alguém. Por que as pessoas se casam? Quais os conceitos e convenções envolvidos no matrimônio? Quais os motivos que levam duas pessoas a trilharem um só caminho?

No caso da minha amiga, ela afirma que não dispõe mais de tempo para ser infeliz, e que encontrou alguém que também está disposto a construir uma vida juntos. E novamente me deparo com a afirmativa, disposição é sinônimo de amor. Foi inevitável, questionei minha amiga se ela não tinha medo de arriscar, errar, e se frustar. Sem titubear, ela afirmou que não, primeiro porque  está seguindo seu coração, e segundo porque viver é correr riscos.

Seguindo o raciocínio questionei uma outra amiga, com vinte e poucos anos, que também vai se casar, se ela tinha plena certeza da decisão. Fui esclarecido com a resposta: Claro que sim! Com ele eu posso ser eu mesma, não mentir, ser compreendida, e ter a certeza que tenho um amigo, companheiro e amante que poderei contar sempre.


Outro amigo me disse, eu não tenho dúvidas que ela é a mulher da minha vida, e ela sabe que eu sou o homem da vida dela, e por que? Eu sei que se precisar dela as três da madrugada, e se for necessário atravessar o mundo, ela estará comigo, assim como eu faria isso por ela. 

Diante desses relatos, penso que afirmar que o casamento é sinônimo de naufrágio e infelicidade, é um erro. O conceito de união foi ao longo do tempo deturpado e confundido com convenções, criando casamentos falsos e tristes. 


Sinceramente, penso que só que as pessoas devam apenas se casar quando têm certeza do que querem, sentem e almejam. Passado o período de namoro que contempla a atração, paixão e reconhecimento (período do test drive), é necessário questionar se os interesses apontam para o mesmo local, e ainda se além da atração física e sexual, o respeito, o companheirismo, o amor e amizade serão suficientes para construir um relacionamento forte e duradouro.


Se as respostas forem positivas é hora de pegar a bicicleta, colocar o amor confortavelmente na garupa e seguir - preparados para os buracos, superando altos e baixos - rumo a felicidade. 

É o que almejo pra mim.


Silas Macedo

Um comentário:

  1. " ... penso que afirmar que o casamento é sinônimo de naufrágio e infelicidade, é um erro. O conceito de união foi ao longo do tempo deturpado e confundido com convenções, criando casamentos falsos e tristes." Exatamente isso. Hoje as pessoas se associam em uma união por que querem viver juntas, ter objetivos e planos em comum. É algo que é resolvido, combinado, acertado entre as partes. Não se casa mais ou se vive junto por ser a única opção. Hoje as pessoas se amam e escolhem estar ou não sob o mesmo teto. Hoje existem muitas opções para o amor. Casar é uma delas. E qualquer que seja o caminho que a pessoa ou as pessoas escolham trilhar se nele houver amor, respeito, cumplicidade e parceiria todas as bençãos serão derramadas sobre eles. Respeito e apoio a decisão que voce tomar e uno as minhas orações às suas para que tudo o que for realizado o seja sob as bençãos do Criador e em solo sagrado.
    Seu texto é lindo, o assunto fascinante e polêmico. Amei. Fike com Jah.

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