terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sorte nas asas amarelas

Esses dias a caminho de um compromisso, parado no trânsito intenso de São Paulo, vi uma pequena borboleta amarela voando tranquilamente em meio ao caos, batendo suas asas e dançando sutilmente sobre o capô do meu carro.

Imediatamente fui remetido a lembranças da infância, das quais estavam escondidas em algum lugar do passado, e agora haviam emergido com a a mesma vivacidade de outrora. Recordei a importância de ver uma borboleta amarela...

Quando criança um amigo, na época o considerava o melhor, me ensinou que sua família acredita que ao ver uma borboleta amarela voando perto de nós era um sinal de sorte. Lembro que todas as vezes quando avistávamos os insetos era um momento eufórico, corríamos atrás delas, a contemplávamos, e fazíamos os devidos desejos do dia. Para dar credibilidade ao ritual, o pai deste amigo - um exímio pintor de quadros, artista visionário e homem do bem - afirmava a veracidade do rito, todas as vezes que nos levava para fazer trilhas e caminhadas no Horto Florestal, parque localizado na região Norte de São Paulo.

O interessante é que o tempo passa e rituais como este se perpetuam na vida. E até hoje ao ver uma borboleta amarela voando perto de mim, eu paro, contemplo, e faço meu pedido. O pai desse amigo afirmava que o mundo, e o próprio Deus, mandam sinais positivos, lampejos de luz, como um sorriso do criador para nos lembrar que tudo dará certo. E ainda que não passe de uma crença sem fundamento, ao acreditar que a sorte passa por nós, penso que podemos atraí-la por meio da Lei da Atração - afirma que os pensamentos das pessoas (tanto conscientes quanto inconscientes) ditam a realidade de suas vidas.

Lembrei ainda que haviam outros sinais; a esperança (tipo de grilo verde) traz sorte a casa que visita, o beija-flor traz boas novas, o gato avisa visita quando lava o focinho, e a mariposa negra avisa que morte está próxima, e como não lembrar da sorte trazida pela simpática joaninha.

Acredito nesses sinais, e creio que muitas pessoas pelo mundo também acreditem. Em última análise, acho válido ensinar esses rituais a todos, principalmente as crianças, para que coisas simples, como o voo de borboletas amarelas, possam resgatar pensamentos bons. E que possamos sempre nos permitir ser acometidos pela sorte e pelo o que há de bom na vida.

Silas Macedo



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