quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lá vai a maluca

Lá vai a maluca! Quem nunca olhou uma pessoa caminhando pela rua ou mesmo parada, falando ou  rindo sozinha? O que pensar quando nos deparamos com alguém gargalhando sem um motivo lógico aparente? 

Em geral, o primeiro impulso é pensar que a pessoa tem alguns "parafusos soltos", "está fora da casinha", "alucicrazy", ou como preferir denominar o maluco. Olhamos, identificamos, e seguimos a rotina diária sem ao menos questionar os possíveis motivos para o riso frouxo. 

Agora invertamos as posições, imagine você com uma vontade incontrolável de rir ao lembrar de uma fato inusitado, a cena de um filme predileto, uma piada, uma reunião de amigos, um beijo, uma noite prazerosa de sexo, ou qualquer coisa que lhe faça bem.

O que fazer diante da vontade de rir? Segurar, reprimir, ou melhor, deixar os músculos da face relaxarem até formar um frondoso sorriso, seguido de uma sonora gargalhada. Acredito que a segunda opção é, sem dúvida, a melhor.

Estudos da medicina oriental e ocidental afirmam consensualmente que o riso proporciona uma carga de endorfina e serotonina  - hormônios do prazer - no corpo, aumento da corrente sanguínea, redução os níveis de estresse, e melhora do sistema imunológico. Além de trabalhar os músculos do abdômen, costas e pernas durante um ataque de riso.

Essa reflexão teve início após um acesso de riso com um amigo-irmão. Estávamos viajando, eu ao volante e ele ao meu lado, falando amenidades, até que abordamos essas situações que prender o riso é um crime. Esse amigo me contou  que diversas vezes tem crises homéricas de riso quando está caminhando pela rua. Ele disse que relembra momentos especiais e engraçados, dos quais muitas vezes vivemos juntos, e, sem perceber, logo está gargalhando.

 Ao perceber que está sendo observado, ele coloca os fones no ouvido do celular e simula estar ouvindo um programa de rádio qualquer. "Assim passo batido e não como maluco", disse ele. Depois ele disse que certamente as pessoas ao vê-lo afirmavam "lá vai a maluca". Quando percebemos, estávamos rindo compulsivamente. Bastava nos olharmos ou dizer "lá vai a maluca", que o riso surgia. 

Ao final, senti extremo conforto, relaxamento e satisfação. E questionei há quanto tempo não tinha uma crise de risos como aquela. Se faz tão bem, por que não as tinha com frequência, deixando a rotina, estresse e aborrecimentos tomar conta a vida. Penso que é necessário se permitir vivências como esta que relatei, quando sentirmos a vontade de uma risada ebulir.

O riso é saudável e, comprovadamente, contagioso. 














Permita-se e seja feliz.

Silas Macedo

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