quinta-feira, 2 de junho de 2011

Escolhas...



Escolher, segundo o dicionário de português Michaelis, significa “dar preferência a, entre coisas da mesma espécie...Optar”. Esta simples palavra carrega um peso imensurável. Sabemos que a vida é feita de escolhas e que para cada uma há uma renúncia, seja na área profissional, sentimental, familiar, isso acontece o tempo todo.

A vida é segmentada em diversas fases e, normalmente, é na adolescência que algumas decisões são tomadas, muitas vezes por impulso, e podem deixar marcas eternas. Mas essas escolhas, certas ou erradas, fazem parte do amadurecimento, é nesse momento que o indivíduo passa a ter consciência de que suas decisões podem vir a definir o futuro.

Posso dizer que tive uma infância tranquila, mas desde muito cedo eu já tinha noção prévia do “certo e errado” (se é que existe certo e errado) e fazia minhas escolhas a partir dessa concepção. Minha mãe costuma relatar que não teve muito trabalho comigo enquanto criança, pois quando fazia alguma travessura por impulso, eu reconhecia o erro e me punha de castigo. Olha o entendimento aí!

E assim cresci ciente de que para toda ação há uma reação e que temos quer ser maduros o suficiente para arcar com as consequências de uma decisão tomada. Em alguns casos não é nada fácil, porém, tudo é possível.

Já errei muitas vezes, tomei várias decisões equivocadas, por impulso, por capricho, por já não suportar mais uma situação, por princípio. Posso afirmar que o resultado nem sempre foi confortável ou satisfatório, mas tudo que aconteceu, bom ou mau, foi resultado de minhas escolhas e, por mais irreversível que seja, posso dizer com orgulho que não me arrependo de nada.

A minha melhor escolha feita até hoje tem nome: Luara. A partir do momento que decidi que ela nasceria independente das adversidades existentes, minha vida mudou. Sou mãe solteira, minha filha não tem contato com o “pai”, não é uma situação fácil. No entanto, desde que fiquei sabendo que ela estava se desenvolvendo em meu ventre, consegui forças para enfrentar o que estaria por vir.

Muitas pessoas viraram as costas, falaram mal, proibiram que suas filhas andassem comigo, enfim, fui marginalizada, mas não desisti da minha filha, não desisti da vida dela. Trabalhei, contei com o apoio de verdadeiros amigos que não se importaram com o fato de minha filha não ter pai e hoje posso afirmar que somos vencedoras. E melhor ainda, posso dizer que tenho a consciência tranquila, pois não cometi homicídio, já que fui mulher para manter um relacionamento com um homem, também seria mulher para assumir a consequência desse ato.

Não me intimidei diante da covardia dele! Optei pela vida dela que hoje proporciona a mim e à minha família muita felicidade. Assim é a vida, escolhas, decisões, consequências...

Keyla Santos

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