quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lady Gaga protesta por causa GLSBT


Quem não conhece ou nunca ouviu falar em Lady Gaga? Um dos novos ícones do Pop e da indústria do entretenimento que surgiu como revelação no último ano. A produtora que se tornou uma diva veio com a proposta para resgatar e reconstruir o Pop, e surgiu com um visual que transita entre o moderno, o kitsch e o bizarro. É notável que a moça adora ser excêntrica, podendo ser encarada com uma mistura de Cher com Bjork.

Além do visual, a jovem cantora mostrou em seu primeiro álbum, músicas contagiantes que entraram para as principais paradas, com músicas como, “Poker Face” e “Paparazzi”, e, sem dúvida, clipes performáticos e bem dirigidos. E toda essa atitude, trabalho e talento renderam à cantora o prêmio de artista revelação do MTV Music Awards 2009, realizado no último dia 13 de setembro, em Nova Iorque.

Lady Gaga, assim como outras estrelas, apresentou-se com a proposta de inovar, fez a performance da música “Paparazzi” com um visual exótico. Mas o grande momento da noite foi quando a cantora foi chamada ao palco pelo cantor Eminem para receber o prêmio de artista revelação de 2009.

Ela ascendeu ao palco com um figurino vermelho, um chapéu que se assemelhava a torres, chamas, ou qualquer outra coisa que fosse possível a leitura e o rosto coberto. Ela agradeceu: “Este é o meu primeiro astronauta de prata e eu queria agradecer minha família, meus fãs. Vocês são os melhores fãs do mundo. Isso aqui é para os gays, amo vocês.”

Na sequência, fez um sucinto protesto a favor da causa GLSBT, Gaga pediu ao Eminem – diga-se de passagem, assustadíssimo – que segurasse seu chapéu e na sequência ela arrancou a mascará que cobria seu rosto e esbravejou: Temos quer ser assim, desmascarar e viver! (subtexto) E desceu do palco em meio ao frenesi da plateia e feição inesperada do rapper.

Mas por que isso foi um discreto protesto? Vocês lembram que o cantor Eminem é um dos homofóbicos mais famosos. Pois é, nada mais pertinente do que manifestar-se diante do rapper. Podemos até nos questionar se o protesto foi fake – como toda produção norte-americana – mas, em verdade, seu simbolismo foi muito forte. Gostei do posicionamento da artista e por isso achei pertinente comentar o fato.

Creio que essa postura vale não apenas para a classe GLSBT, mas sim para todos os oprimidos, os que sofrem de discriminação, seja ela racial, socioeconômica, religiosa, ou qualquer situação que desrespeite o ser humano em suas particularidades. Uma atitude que, sem dúvida, deve servir de exemplo a todos nós!

Silas Macedo

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