Pare o mundo, eu quero descer! Hoje estava trabalhando na produção de textos na agência onde trabalho, quando surgiu a pauta sobre o novo hit musical de Dado Dolabella, o “cantor talentoso” que venceu o reality show da Rede Record, “A Fazenda”. Em princípio, o assunto não me chamou atenção, mas, percebi que as pessoas comentavam empolgadas sobre o novo sucesso de Dolabella, a música Rolex. Muitos comentários sobre a letra, os arranjos, a voz do rapaz, a divulgação da música no programa “A Fazenda”.
Fiquei intrigado e super curioso para ouvir a música. Pensei: Como as coisas mudam, de onde menos esperamos surgem grandes talentos... Na sequência, ouvi um trecho da música no computador do meu colega de trabalho e, definitivamente, não gostei do que ouvi. Talvez fosse uma grande piada. Mas, me surpreendi, alguns defendiam com veemência o “talentoso cantor”, e outros discutiam como nós brasileiros estamos acostumados a gostar e consumir porcarias produzidas para entorpecer a massa.
Concordo que não podemos ir para a balada e ouvir Chico Buarque, Maria Betânia e Cia, e, muito menos, música erudita. Mas, sinceramente, há limites pra tudo... Fiquei tão intrigado com a situação que busquei ler e tentar compreender o conteúdo da composição. Conteúdo? (deixa pra lá) A música cantada por Dado foi composta por Eduardo Lucas – alguém que realmente não consegui obter muita informação.
Na verdade, após ler a música, me questionei se estaríamos diante de um gênio ou de alguém que vive entre a Cannabis Sativa e o Lexotan. E mais, entender, gostar e apreciar a tal música, seria uma virtude para poucos, ou mais uma vez, algo sem conteúdo consumido pela turba que vive de ópio? Enfim...
Leiam a letra e tirem suas conclusões.
Silas Macedo
Rolex
Por cima da ponte como pássaros
Cruzando florestas, rios e vales sombrios
Com poderes mágicos eu vou transformar
Você e eu nesse lugar podemos ser o que quiser
Com suas lágrimas pinto uma árvore
De chocolate grande até o céu para subir
Do último andar faço uma casa pra mim
E vejo as nuvens chegarem da janela pra conversar
Papai quero fazer um sol seu grande Rolex
Pra poder ver o dia mais claro, relax
Quero fazer um sol seu grande Rolex
Pra poder ver o dia mais claro, relax
Sexagenários dançam neste lugar
E sons imaginários tocam neste lugar
Danço um galope, um outro toque, ou rock
E a condução, é ter ação, ou não... na imaginação
A lua nós conta histórias pra dormir
E os coroinhas no altar não têm o que pedir
Os bichos de par em par ensaiam quadrilha
Até o saci e uma velhinha brincam juntos de amarelinha
Porque ninguém lá tem uma idade
As pessoas só nascem, todos nascem e só nascem...
Duendes e fadas organizam um baile
Não existe cansaço e dormem só pelo prazer de sonhar
Papai quero fazer um sol seu grande Rolex
Pra poder ver o dia mais claro, relax
Quero fazer um sol seu grande Rolex
Pra poder ver o dia mais claro, relax
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