terça-feira, 27 de abril de 2010

7º Arte: Domésticas - O Filme



Hoje, ao entrar na net, deparei-me com a seguinte informação: 27 de Abril - Dia da Doméstica. Diante de tal notícia, refleti sobre essas personagens batalhadoras, carismáticas e, por vezes, anônimas e esquecidas.

Para homenagear essas personagens, sejam mulheres ou homens (Isso mesmo! Existem empregados domésticos), indico um filme que assisti há tempos, que aborda o tema de forma humana e descontraída, com histórias permeadas que conflitos e questões sociais.

A película é de 2001, com direção de Nando Olival e Fernando Meirelles, "Domésticas - O Filme" retrata as histórias de cinco mulheres que sonham para vencer a realidade, por vezes, cruel e sem cores. O elenco vem recheado com boas interpretações, entre elas, as realizadas pelas atrizes Graziela Moretto e Cláudia Missura.

Bom filme!

Silas Macedo

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Este é o meu caminho!

É tão estranho, não sei ao certo explicar o que está acontecendo, pois ao mesmo tempo em que é bom, é ruim. Sim, é contraditório. Trata-se de uma fase que parece eterna, cheia de variantes, altos e baixos. É como se estivesse em meio a um tornado, e tudo em volta estivesse querendo atingir-me e ignorar-me ao mesmo tempo, é como se eu existisse nesse plano, mas pertencesse a outro mundo, distante, que transcende toda e qualquer lógica.
Apenas sei que estou redescobrindo minha outra versão, é uma mistura de menina, mulher, loba, um ser frágil e ao mesmo tempo capaz de enfrentar todas as intempéries do universo. Sei que minha natureza é a de uma mulher intensa, porém, tenho notado que ultrapassei os limites da intensidade, ultimamente, tenho sido visceral.
Meus sentidos estão mais aguçados. Estou mais feliz, mas ainda choro, sofro e tenho raiva, não faço questão de esconder meus sentimentos, posso até ser sutil, mas cuidado! Vá com calma, pois posso ser mais selvagem do que se possa imaginar.
Estou tentando não cometer os mesmos erros, buscando o equilíbrio no palco da paixão (essa que tem sido, verdadeiramente, avassaladora). Passei a dar valor ao que é mesmo importante.
Renovei minhas esperanças e tenho fé em um futuro repleto de realizações, conquistas e muito sucesso. Estou cuidando melhor de mim, da minha saúde emocional e física.
Acima de tudo quero ser feliz! Estou me permitindo! Entre erros e acertos, aos trancos e barrancos, estou em busca de algo que não sei exatamente o que é, mas sei que encontrarei, eu sinto, está muito perto e é muito intenso.
Nesse percurso, já chorei de alegria, de tristeza, de solidão, por amor, por amar e não ser amada, pela dor da traição, falta de lealdade, por descobrir que na maioria das vezes, construí meu castelo na areia e permiti que atitudes incoerentes ofuscassem o brilho dos meus sonhos.
Já sorri, embriaguei-me, gritei, silenciei quando foi necessário. Passei a dar oportunidades para que outras pessoas pudessem me proporcionar momentos felizes. Coloquei o passado de lado, ciente de que deve ser deixado pra trás. Mas tudo tem seu tempo...
E dessa forma, vou trilhando meu caminho, que até pode não ser o mais perfeito, mas é o meu caminho, conquistado a ferro e fogo, com meu sangue e minhas lágrimas. Posso, orgulhosamente, erguer minha cabeça, olhar o horizonte e dizer: essas são minhas experiências e ninguém pode tirá-las de mim.
São marcas eternas em minha alma e que revelam quem eu sou, é minha história, não é um conto de fadas, mas é uma história possível, que está apenas no início, mas que promete muitas emoções...

Keyla Santos

“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi” (Roberto Carlos)

Perder-se também é caminho!


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector - Escritora, mulher a frente do seu tempo, exemplo de vida para Keyla Santos

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Maria Ninguém


O sol talvez tivesse menos aridez e a poeira trazia consigo a brisa que aliviava a secura daquela terra, porém sequer amenizava as rachaduras dos pés sobre aqueles chinelos de pneu.

A caminhada foi curta até as ruínas. Tratava-se de uma escola onde há anos uma professora ensinava-lhes o que eles referiam como “b a ba”, alguns orgulhavam–se por terem aprendido a escrever o próprio nome e curiosamente ainda chamavam aquele monte de entulhos de escola.

Aquilo que materialmente já havia se transformado em nada, trazia tijolos e telhas inteiras, naquela extrema pobreza poderia se transformar em uma moradia. Foi por esse motivo que aquela mulher chamada Maria, esposa de João Ninguém e mãe de três filhos sempre descalços com camisas que mal lhes cobriam as barrigas desproporcionais aos corpos, debruçou-se para pegar um pouco daquele nada.

Sobre si desabou uma das paredes, ouviram-se gritos e sem pensar outras pessoas tiraram o que havia sobre seu corpo, ela ficou sobre o chão, ainda sentia vida e esperou por mais de uma hora para ser transportada para qualquer socorro.

Num povoado vizinho havia a primeira esperança, um posto de saúde sem recursos, sem transportes...

Encontraram na porta duas mulheres de jaleco, uma delas parecia-se com uma garota. Uma ficou imóvel, a outra sem ter sequer um objeto de socorro, pegou-a sobre os braços e recorreu ao único que restava “Deus”. Naquele momento pediu a ele que sua existência fosse possível.

Maria Ninguém já não a olhava nos olhos, mas as mãos sobre o seu tórax lhe mostraram resquícios de vida, os olhos se abriram e os olhares daquelas duas mulheres se cruzaram. Houve uma última respiração tranqüila e após uma morrer sobre o colo da outra houve uma silenciosa e singela oração, a moça de jaleco implorou aos céus para que Deus existisse e finalmente transformasse Maria em Alguém.

Restou a entrega em um necrotério frio, o choro puro de saudades de João Ninguém e o olhar sem compreensão dos três meninos.

Dalila Pincer

Conto escrito por uma grande amiga, de espírito sensível e aberto, sempre disposto a dar e receber o melhor da humanidade.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conselho: John Ruskin


"A maior recompensa para o trabalho não é o que se recebe por ele, mas o que alguém se torna através dele."
John Ruskin - Poeta, escritor e crítico de arte
* Londres 8/2/1819 - 20/01/1900 +

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PET ROAD!


Hoje o Palanque de Ideias traz uma novidade, a postagem semanal "Pet Road", com fotos da repórter fotográfica e amiga Wendy Vatanabe.
Em nossas andanças atrás de boas reportagens, nós nos deparamos com alguns animais simpáticos e carentes (com aquela cara de "me leva pra casa" ou "me faz um carinho"). Foi quando, a sensível e atenta Wendy, sugeriu clicarmos os Pets. Esse amiguinho aí, foi clicado no bairro Jardim Fortaleza, em Guarulhos.
Creio que essa é uma forma de demonstrar o nosso respeito e carinho pelos animais.
Espero que gostem!
Silas Macedo

terça-feira, 6 de abril de 2010

O caso da Chapeuzinho Vermelho

O Jornalista é mesmo um ser criativo...

Imagine a estória da Chapeuzinho Vermelho contada de maneiras diferentes, adequando a notícia a cada público e cada veículo de comunicação.

Veja as diferentes maneiras de abordar o mesmo fato.

Silas Macedo

Jornal Nacional
(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'
(Fátima Bernardes): '...mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.'

Programa da Hebe
'...que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

Cidade Alerta
(Datena): '...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!

Superpop
(Luciana Gimenez): 'Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!'

Globo Repórter
(Chamada do programa - Sérgio Chapelin): 'Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.'

Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.

Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

Revista Nova
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama!

Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): ' Veja o que só o lobo viu'.

Revista Vip
As 100 mais sexies - desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!

Revista G Magazine
(Ensaio com o lenhador) 'O lenhador mostra o machado'.

Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor pra miutas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa.'

Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?

Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.

Folha de São Paulo
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.

O Globo
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.

O Dia
Lenhador desempregado tem dia de herói

Extra
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!

Meia hora
Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!


O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.
Wagner Montes
Agora vejam só vocês meu amigo telespectador, minha dona de casa que nessa hora está cuidando do lar, arrumando as crianças para a escola..... vejam só esse covarde de codinome Lobo...... que se acha todo malandrão.... PRA CIMA DELE MINHA POLIÇADA !!!! Alô minha rapaziada da Civil, alô comandante do CORE, aquele abraço, alô meu pessoal do 16º, 22º.... É PRA ARREGASSAR MESMO!!! Bota a cara dele aí na tela produção.... Bota na tela aí.... ESCRAAAAAAAAACHA!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Madonna abandona Jesus Luz

Exclusivo - Em primeirão mão, o Palanque de Ideias divulga o maior furo de todos os tempos, antes mesmo do site TMZ. A cantora Madonna abandonou ontem o "DJ" e modelo, Jesus Luz. A musa afirma que o motivo para o fim do relacionamento foi a paixão arrebatadora por um um outro brasileiro, o jornalista e galã, Silas Macedo. Que por sinal, é um dos fundadores do Palanque.

"Quando vi aquele cara descolado, descabelado, charmoso e inteligente, pensei; é com ele que desejo passar o resto de minha vida", dispara a cantora.

Silas responde: "Sou assim, sou proveito, não sou fama"!

Pois bem, para quem acreditou (embora, eu adoraria que essa notícia fosse verdade), é 1º de Abril - Dia da MENTIRA!

Silas Macedo

Curiosidade:

Qual a origem do Dia da Mentira?

A origem da brincadeira travessa é incerta. Acredita-se que tenha surgido na França nos idos do século 16, quando o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. Os festejos seguiam ao longo da semana até o dia 1o de abril.


Em 1564, o rei francês Carlos 9o adotou o calendário gregoriano e determinou que, a partir de então, o Ano Novo seria celebrado em 1o de janeiro. Alguns franceses, resistentes à mudança, continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano teria início em 1o de abril. Essas pessoas passaram a ser ridicularizadas e os gozadores começaram a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas peraltices ficaram conhecidas como plaisanteries.


No Brasil, a brincadeira teve início nas Minas Gerais, precisamente em 1º de abril de 1848, quando circulou um jornal chamado “A Mentira”, que estampou a manchete da morte do imperador brasileiro d. Pedro 2º, desmentida no dia seguinte. O jornal teve vida efêmera e encerrou suas traquinagens no ano seguinte, em 14 de setembro, quando convocou credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.


Hoje, uma fonte traiçoeira para os mais desavisados é a internet, que tem a capacidade de bolar as mentiras mais mirabolantes para pregar peças.


Trecho da reportagem da amiga e jornalista, Tatiana Cavalcanti, publicada na edição de 01/04/2010 no periódico Diário de Guarulhos.