Esses dias tenho refletido sobre a importância do beijo na vida do ser humano, e os seus significados durante a existência de uma pessoa, desde a infância até a morte. Penso que o beijo é visto pelas crianças como algo ingênuo, bobo e sinônimo de carinho. Basta lembrar pais que beijam seus bebês como gesto pleno de afeto.
O tempo passa, e no final da infância, a maioria das crianças veem o beijo como algo nojento e repulsivo. Meninos e meninas não entendem o que passa na cabeça dos adultos."Eca! Como as pessoas podem se beijar?" ou "Credo! Tenho nojo da baba dos outros!", são algumas das frases que ouvi de crianças. ![]() |
Foto captada por Robert Doisneau em Paris (1950) |
Logo vem a adolescência, o turbilhão de hormônios e desejos, o primeiro beijo, por vezes prematuro, outras tardio entre os adolescentes. Lábios que se tocam, troca de fluídos e toque das línguas.
Começa então a temporada de caça aos beijos, no colégio, na balada, nas festas... Sempre bom e com gosto de quero mais!
Começa então a temporada de caça aos beijos, no colégio, na balada, nas festas... Sempre bom e com gosto de quero mais!
Porém, o beijo se revela como a porta para as paixões. E logo surgem beijos mais quentes e íntimos, cruzados com discussões, lágrimas, novos beijos e novas paixões.
Vivências típicas da adolescência, e também do início da fase adulta. Um ciclo efêmero que se repete até o encontro do primeiro ou verdadeiro amor.
Vivências típicas da adolescência, e também do início da fase adulta. Um ciclo efêmero que se repete até o encontro do primeiro ou verdadeiro amor.
Longe da cena romantizada do beijo do príncipe encantado na princesa, ou ainda, do rapaz que encontra a mulher perfeita, o beijo do verdadeiro amor pode ser reconhecido inicialmente pela sensação de "borboletas na barriga", e com o tempo se confirmar por meio da perpetuação da intimidade e carinho. Dizem ainda que o beijo esfria e muda com o casamento. Porém, creio que tudo muda com o tempo, podendo ser perdido ou melhorado, basta dedicar-se - creio eu.
Hoje, vejo o beijo como uma troca, algo íntimo, único e verdadeiro - longe de ser efêmero. Algo que não pode ser desperdiçado, apenas compartilhado. Algo que espero ser perpetuado com alguém que eu realmente ame. Alguns dirão que sou romântico demais, e na verdade sou mesmo. Almejo compartilhar beijos verdadeiros até o final da minha vida, passando pelo adeus da morte, e, quem sabe, um reencontro na eternidade.
Sei que o beijo mudará até o final de minha vida, mas a forma de senti-lo espero ser intensa e verdadeira como hoje.
Em resumo, beije sempre que o corpo e a alma pedirem. Roube um beijo sempre que necessário!
Silas Macedo
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