Há tempo para todas as coisas... Para nascer, crescer, morrer. Arar a terra, lançar as sementes, cultivar, ver os primeiros brotos, colher os frutos e fazer a poda. Uma lei universal, conhecida pelos antigos e sábios, compartilhada a cada geração com o o intuito de tornar a vida mais leve.
E quem consegue colocar em prática esse ensinamento? Diante do imediatismo dos nossos dias, a pressa desregrada do agora, a ânsia em ter tudo pronto pra ontem, geram uma ansiedade gigante capaz de desestabilizar e acabar com a saúde de qualquer ser humano.
Discuti o assunto com um grupo de amigos que, assim como eu, têm a impressão que os ponteiros do relógio correm mais rápido que o normal, impulsionados pela cultura do "quero agora" somado a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) - conceito criado pelo psiquiatra Augusto Cury que define a hiperconstrução de pensamentos, numa velocidade tão alta que estressa e desgasta o cérebro.
Em nossa conversa, refletimos como a ansiedade nos atinge, e quais os caminhos para superar esse martírio moderno. Em geral, optamos por aprender na dor, após muitas crises de ansiedade, noites mal dormidas, falta de apetite ou vontade compulsiva de comer, gastrites, e até úlceras. Para cada um, a experiência pessoal, seja escrever o primeiro livro, encontrar o vestido de noiva ideal, lançar o projeto de uma revista, e entender o tempo de maturação do amor, requer o aprendizado de respeitar e colocar em prática o tempo certo para todas as coisas.
Atelier que fará o vestido ideal - Foto: Silas Macedo |
Ao final, o consenso de que o conselho dos sábios, mestres e filósofos em respeitar o tempo de todas as coisas, sempre esteve certo, e quando praticado é a melhor forma de tornar a vida mais calma e plena. Um exercício difícil, a ser aplicado diariamente.
Silas Macedo
Silas Macedo