Imagine
que as relações humanas são como uma grande instituição
financeira, um banco ou bolsa de valores, onde existem vários tipos
de investidores. Todos eles, com perfis completamente diferentes, mas
ligados pelo mesmo objetivo, criar e manter relacionamentos saudáveis
e duradouros.
Conheça as regras, os investidores, e faça suas apostas |
E,
conhecer e entender o perfil de cada investidor, ajuda a identificar
qual o nosso perfil e também das pessoas que nos relacionamos, de
forma que esse entendimento permita melhorar as relações humanas.
Após
refletir, dividi os "investidores"
em três tipos ou arquétipos,
os conservadores, os
apostadores de risco, e os não-investidores.
Os
conservadores são aqueles que ao conhecer alguém, seja companheiro
de trabalho, candidato a
amigo(a) ou namorado(a), demorarão
para "investir" no
novo. Naturalmente desconfiados, eles examinam lentamente o novo,
baseados no medo, sempre prontos para se esquivar de uma traição.
Os conservadores ficam a espreita imaginando o que o outro tem em
mente, e gradativamente formando a opinião se
devem ou não apostar.
Quando
decidem apostar, não colocam todas as fichas na mesa, vão apostando
uma a uma, até que realmente possam confiar no novo relacionamento.
Mas, é necessário ressaltar, que qualquer deslize será
suficiente para que ele mude de opinião e recolha todas as fichas
apostadas até aquele momento.
Já
os apostadores de risco,
destemidos, são naturalmente
emocionais, se apaixonam pelo novo. Sem medo de perder ou se
machucar, lançam o corpo de
peito aberto rumo ao precipício, na certeza que serão amparados
pelo outro. Apostam tudo! Sem
titubear jogam todas as fichas na mesa. Quando
recebem uma resposta recíproca, sentem-se vitoriosos, e felizes por
poder apostar no melhor da humanidade. Porém, quando decepcionados,
seja por mentiras,
deslealdade e falta de reciprocidade, vão gradativamente retirando
as fichas da jogada.
Não
radicais, eles ainda concedem um novo voto de confiança, porém
com ressalvas.
E neste momento que o jogo é decidido, porque podem novamente
apostar no novo, ou gradualmente retirar as fichas da mesa, até que
o novo seja
considerado nada, e passe
a inexistir.
Por
fim, os não-investidores, sem
muitas explicações, são totalmente descrentes nas
relações humanas.
Eternamente desconfiados, jamais dão um voto de confiança ao outro,
preferem ficam na defensiva, dentro da ostra, inertes,
não dispostos
a mexer um músculo rumo à evolução. E por que? Quanto
se é uma pessoa sorrateira, pronta para trair, puxar o tapete alheio
em benefício próprio, certamente também se é uma pessoa
desconfiada. Seguindo o raciocínio, o indivíduo que trai o próximo,
sempre acha o outro pode traí-lo.
A
questão é entender qual o
tipo de investidor somos, e principalmente com quais investidores
estamos nos relacionando. Creio que essa consciência ajudará no
auto-conhecimento, e principalmente
evitar frustrações e usufruir de relações plenas e saudáveis.
Silas
Macedo