
Venho na condição de jornalista, esclarecer esse absurdo e dizer que esses jovens se negam a enxergar a verdade.
Nossa rotina é meio louca! De repente, surge um trabalho relâmpago que tem que ser desenvolvido de uma hora para outra. O cliente tem pressa e não podemos perder tempo. Então começa a correria, as matérias têm que ser desenvolvidas quase que de forma mediúnica.
Começa o processo de pesquisa, tentativas de entrevistas de última hora, muitas vezes frustradas, entre outros pequenos detalhes. A adrenalina vai a mil e o cérebro passa a trabalhar em produção total, até que toda a tarefa seja concebida.
Depois de quase todos os cabelos arrancados, de todas as unhas roídas e das famigeradas marcas de guerra (entenda como olheiras), o material está pronto e preparado para a publicação. Passado todo esse processo, as matérias estão finalizadas, revisadas e liberadas para diagramação. No entanto, o cliente vende mais anúncios do que o esperado e algumas matérias “caem”, sim, a matéria “cai”. Isso significa que caiu fora da publicação, a revista precisa de mais espaço e é óbvio que o conteúdo editorial terá que ser sacrificado.
Afinal, para quê serve o conteúdo editorial? Para quê servem as informações, a não ser para preencher o vazio da falta de anúncios? Na verdade isso não importa. O fundamental é alimentar a fome insaciável do capitalismo selvagem e do consumismo exacerbado.
É essencial alimentar o monstro da futilidade, para manter todos em seus devidos lugares, ou seja, a classe menos favorecida e os que não possuem os estereótipos necessários para fazer parte desse universo de egoístas e superficiais devem permanecer à margem da sociedade.
Será que é certo marginalizar, negros, pessoas acima do peso, pobres, deficientes, entre outros, em nome da manutenção de uma indústria de frascos bonitos, porém vazios? Será que é isso que o ser humano, enquanto animal racional representa? O que é realmente importante para esse bando de hipócritas que fazem parte da sociedade mundial?
Enfim... trata-se apenas de um grito, um desabafo, que talvez não tenha resposta. É apenas uma utopia revelada, nada mais...
Keyla Santos
Eu curto cinema, me considero um "amante-aprendiz" da sétima arte e, por isso, sempre que posso vou as grandes salas e as, quase extintas, vídeo locadoras, garimpar bons filmes.
E foi nessas garimpagens, que encontrei nas prateleiras de uma locadora, o filme "Dublê de Anjo". Admito que a capa com imagens surreais me chamou a atenção - não que isso seja atestado de um bom filme, pelo contrário. Enfim...
Li a sinopse e decidi vou levar. Ao chegar em casa e assistir a película, me deparei com um filme belíssimo, singelo e surreal.
O filme foi lançado direto em DVD em março de 2009, dirigido Tarsem Singh, diretor do premiado “A Cela”, e trouxe no elenco; Lee Pace, Catinca Untaru, Justine Waddell, Daniel Caltagirone, com boas interpretações.
Curiosidade: Dublê de Anjo teve locações no Brasil.
Diante de um filme tão belo, resolvi indicá-lo aqui no Palanque. Afinal, o que é bom tem que ser divulgado e compartilhado.
Bom filme!
Silas Macedo